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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Sem título, sem nome.

Foi encontrado estendido no asfalto
Se tratava de um homem alto
Com os seus vinte e poucos anos
Dava para ler em seu rosto os seus planos
O nome ninguém sabe
Profissão desconhecida
Só me lembrava o rosto da senhora estarrecida
O relógio marcava meio-dia em ponto
Foram cinco tiros, minha mulher viu tudo
-Há um corpo estendido no chão
O outro desapareceu, quem o vê fica mudo
Ninguém acreditava que tinha acontecido na Oceânica
Riam por acharem que era uma crônica
Mas se tratava de um conto
Em que o principal protagonista estava morto
-Há um homem caído no chão
Começaram as deduções, tinha gente que jurava que ele era torto
Outros diziam pela fisionomia que se tratava de um trabalhador
Diziam que trabalhava na rua de trás
Como se fossemos parentes começamos a lamentar a dor
Não poderia ser má pessoa por não ser um homem de cor
Será que toda a vida de uma pessoa pode ser percebida só pela fisionomia?
Ficava parado com os olhos diante do horror
-Há um homem caído no chão
Se você ver o corpo, não fique parado
Como se naquele momento nada estivesse mudado
-Há um homem caído no chão
O nome ninguém sabe
Profissão desconhecida
Só o que se sabe é que há alguém procurando alguém que não existe mais.

5 comentários:

Nat Tigres brancos disse...

è um belo txto muito bem escrito

Nicke disse...

Muito bom o texto .
Gostei do blog :)

Beijos,

Macaco Pipi disse...

PUBLICA ISSO AE!

Anônimo disse...

Querido amigo avassalador...
Lembrei de uma musica , acho que do João Bosco, De frente pro crime... dizia:
Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...

O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...

Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...

Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...

Sem pressa foi cada um
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime...

Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...

Tá lá o corpo
Estendido no chão...

Ana Célia disse...

pois é...depois que a pessoa morre não adianta mais ficar tentando descobrir quem ela foi...usemos a vida para descobrir, enquanto há tempo!

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