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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Íntimos -Capítulo 1.



Júlia Staun, 13 anos -2003.

Um homem sai do banheiro de toalha e dá de cara com uma menina só de calcinha em sua cama.
-O que você está fazendo aqui?
-Vim ver você.
-Por que está assim?
-Tô bonita?
-Volte pro seu quarto e tire essa maquiagem. Eu vou vestir alguma coisa.
-Minha irmã não merece você, ela é estéril, seca, não come nada, fútil, não chupa o seu pau. Eu chuparia o seu pau. -deita na cama de bruços.
-Levanta daí! - ele a puxa e a tira da cama e a leva pro banheiro.
Lava o rosto dela e tira a maquiagem dela, mostra o rosto dela no espelho.
-Você é uma menina. Uma menina! E os problemas que eu tenho com a minha esposa não te interessa. Eu a amo.
Saem do banheiro, ele abre o armário e joga uma camisa pra ela.
-Veste isso. Acabou a brincadeira.
-Eu sei fuder... Eu sei que você me olha e eu sei que você está excitado.
-Pára com isso garota! Me desculpe, você entendeu tudo errado.
-Eu tô no período menstrual. -ela deita e ele olha os pequenos seios dela -Eu sei que você guarda as camisinhas naquela gaveta. Eu deixo você me pegar por trás, como minha irmã não deixa.
Ele senta na cama. Ela fica por trás dele e mexe nos cabelos dele, alisa a barba dele.
-Você não sabe o que está fazendo. Eu te vi crescer. Não faz isso.
-Eu não vou fazer nada que você não queira. -fala no ouvido dele.
Ela se abaixa e ele fecha os olhos.
Júlia tem 13 anos, cabelos castanhos, magra, um pouco baixa pra sua idade, olhos castanhos seguros, boca de mulher, seios em formação, sobrancelhas inquietantes, dona de um vocabulário de deixar qualquer puta ruborizada. Menina diferente das outras, ou menina igual às nossas meninas.
Menina de classe média alta, estuda em um excelente colégio, próximo de casa. Onde não há assaltos, pessoas mortas no asfalto, gente dormindo em passeios públicos, esmolas, putas em esquinas e gente vendendo bugigangas ou droga por uma bagatela.
Filha de Laura Staun e Roberto, casados há 16 anos, porém nem se lembram mais do fato, não sabem porquê mantem o casamento, se é por conveniência, pra não dá satisfação a família, aos amigos, ou pela filha. Mas acredito que seja por não notarem a presença de um do outro na vida de cada um, por se encontrarem pouquíssimas vezes na semana, mesmo morando na mesma casa, mesmo dividindo a mesma cama, devido talvez à imensidão da casa, ou das tarefas do dia-a-dia, ou fugindo mesmo de qualquer discussão sobre a mesa, ou sobre a cama.
Acho que Laura pra não se sentir sozinha ou pra compartilhar as suas futilidades aceitou a  irmã Paula em casa. essa foi ficando na casa depois que ela voltou da Europa por um motivo desconhecido, e por não achar aposentos à sua altura, aceitou o convite da irmã, mais pra testemunhar a despedaçada família, ou por sua vida não ser tão interessante, já que não tem filhos, emprego, marido, empregados, até a roupa que veste, não é dela.
Por último Sílvia e o marido Jarzis. Ela é a irmã mais velha de Júlia e também a única. Ela é o filho que não veio, filha modelo, sempre serve de comparação. batalhou muito pra conquistar a confiança do pai em trabalhar nos negócios dele, tudo por ele achar que mulher não serve pra isso. Apesar de todos acharem ela a mais sensata da família, todos acham que foi um erro ela casar com Jarzis, homem de origem duvidosa, curador de um museu de arte, que chama atenção unicamente por sua beleza. Todos dizem que formam um casal bonito, mas pelas costas falam da criança que ainda não veio, mesmo casados já há 10 anos. Uns dizem que ela é estéril, ou que eles não querem, ou culpam o jeito metódico dela e o jeito desleixado dele.
Laura, Paula e Sílvia chegam em casa dando risada.
-Silêncio, Júlia já deve estar dormindo. -Laura.
-Eu estou exausta, vou subir pro meu quarto. -Sílvia.
-Deveríamos ir mais vezes aquele restaurante. Música boa, gente interessante e o melhor de tudo, cuba libre. -Paula fala dando risada e pega uma garrafa de Whisky.
Sílvia sobe e encontra Júlia sentada encolhida na cabeceira da cama de cabeça baixa. Jarzis sai do banheiro enxugando o pau e ao ver a esposa no susto coloca a toalha. Júlia levanta a cabeça admirando a cena.
-O que significa isso?
-Eu posso explicar! Calma!
-O que ela faz na nossa cama? E você desse jeito. Meu Deus não tem explicação isso! - chorando.
Júlia se perguntava porque estava achando interessante ver a irmã descontrolada e Jarzis não conseguindo explicar algo tão natural quanto o sexo, o tesão.
-Me larga! saia da minha frente, saia da minha vida!
-Me desculpe, vamos conversar.
-Saia do meu quarto menina.
Sílvia pega Júlia pelo braço e a tira do quarto e bate a porta.
-O que está acontecendo aqui? -Laura -Paula desce com Júlia -ela começa a bater na porta -Sílvia abre a porta. Que bate boca é esse?
Alguns minutos depois, Laura desce e vai falar com Júlia, se abaixa a altura dela, já que ela está sentada na poltrona.
-O que ele fez com você minha filha? Ele te forçou a fazer alguma coisa que não queria? Conte pra sua mãe.
-Eu quis fuder com ele.
-Onde você aprendeu a falar desse jeito? E desde de quando você faz isso?
-Eu faço sexo já algum tempo, coisa que você não faz com papai já algum tempo, por isso que ele tem amantes, aliás quero ser amante.
-Meu Deus essa menina está possuída! -Paula exclama.
-Meu Deus o que você quer da vida garota? O que você fez?
-Eu quero fuder com todo mundo que eu queira. -Laura dá um tapa nela -Frígida!
Laura se joga em cima da filha e a poltrona cai com as duas.
-Calma Laura -Paula a segura
Levanta Júlia.
-Peça desculpa a sua mãe.
-Paguei as melhores escolas a essa menina. Pra quê?
-Deve ser esses programas, essas músicas que ela ouve,
-Tia você não tem nada melhor pra fazer não? Eu te ensino. Vá fuder!
-Essa não é minha filha! Trocaram a minha filha na maternidade.
Jarzis desce com as malas e sai.
-Vai ver como a Sílvia está Paula.
Paula sobe.
-Eu posso ir pro meu quarto? A festa parece que acabou.
-Se você pensa que vou deixar você ser o que você quer ser, estar muito enganada.
-E o que você é? Uma pessoa frustada, encostada no marido, incompetente, que dá as mesmas festas para as mesmas pessoas com aquele sorriso que só a senhora sabe fazer só pra sair nas colunas sociais. Até a filha que você quis não saiu do seu jeito? Como se sente?
Laura chorando, se levanta e de costas pra filha fala:
-Você me odeia, só pode.
-Pelo contrário, eu te amo, é por te amar que digo essas coisas. Eu não quero que você se engane dizendo que com isso é feliz.
-Arrume as suas malas, amanhã você vai para um colégio de freiras. Quem sabe o que te falta seja ouvir a palavra de Deus. -se vira pra filha.
No dia seguinte ela foi pro internato, porém como a mãe temia não ficou muito tempo.
Ela abre a porta era a madre com a sua filha.
-Vai pro seu quarto. - Júlia sobe com a mala. -Sente madre.
-Sinto muito não podemos ficar com a sua filha, ela é má influência para as outras internas.
Laura chorando.
-Ela fala palavrões que eu desconhecia, fala obscenidades para as outras meninas, não respeita a nossa autoridade, as normas. A pegamos... Eu nem sei como falar isso, se masturbando com um crucifixo.
Depois ela vai falar com a filha.
-O que faço com você? Eu não sei mais... Por que você não é como as outras meninas? Acabou Júlia! Amanhã eu te mando pro fim do mundo, o sítio da sua avó e você só volta de lá quando mudar o seu comportamento. Porque eu não quero filha que dê pra puta, nigrinha ou sei lá que você esteja planejando pra sua vida.
E assim foi feito, Júlia viajou para o sítio da avó de 92 anos. Não tinha nada lá, só uma infinidade de terras, de mato, de bichos, tudo muito monótono. Era a avó que era surda, era o céu que era sempre azul sem nuvens. Ela foi cada vez mais odiando aquilo ali e gostando menos da família que a prendia a aquilo tudo que ela odiava.
A fazenda tinha empregados, mas nenhuma palavra, era um mundo silencioso e tedioso. Assim pra passar o tempo ela começou a parar e se conhecer, conhecer o seu corpo  cheio de tricks tricks e grilinhos, e soltava gritinhos a noite, acordava molhada de dia. Ou passeava com os olhos os corpos dos empregados. Gostava de subir na árvore e roçar o seu jardim propositalmente no tronco, sentindo aquilo por entre sua pernas, abrindo a boca, mas tentando calar os gritinhos noturnos. E para o azar da família ela foi gostando da liberdade, de ser livre, da natureza, de se conhecer. E assim ela conheceu Darci, filho de algum empregado.
-O que está olhando?
-Os seus pêlos saindo pelos cantos da calcinha, que é bonita por sinal.
-Você é safado já disseram?
-Não, falo com poucos, porque sou filho da empregada.
-O que está fazendo?
-Metendo o meu pau no buraco da árvore, é bom.
-Você é virgem?
-Não, já comi uma cabra e o meu  me levou até uma puta da cidade. E você que não é daqui, é da cidade. Já perdeu?
-Já transei com 22 pessoas, inclusive meu tio. Eu sei chupar pau.
-Eu sei provocar os seus gritinhos noturnos.
Eles vão pro estábulo, deitam e dão risada.
-Você geme igual a uma puta.
-Isso é um elogio?
-Não sei, depende como você interprete.
-Acho que vovó já tá morta naquela cadeira de balanço. - dão risada.
Ele faz um cigarro.
-Quer? Eu te ensino. É assim que se traga.
Ele dá risada vendo ela não conseguindo.
-Cuidado pra não botar fogo aqui.
Ela se vira pra ele.
-É verdade que você comeu uma cabra?
Ele balança a cabeça dizendo que não
-E verdade que você fudeu com seu tio?
Ela balança a cabeça dizendo que sim. Eles dão risada.
-Por que não podemos ser o que queremos?
-Porque a felicidade incomoda, dá medo. É mais fácil fingir que é feliz ou ser infeliz entende.
 Eles se deram as mãos e olharam pro céu.


-








sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Vagabunda.




Ela é a noiva que não foi convidada pro seu próprio casamento
A moça que não participa de reuniões familiares
A mulher que nunca foi beijada
A mulher sem cor, sem nome, sem nada
A vida dela não é só lamento
Pode até vê-la aí pelos bares
Pronta na esquina pra ser desejada
Sabe fechar as pernas quando é necessário
Pegá-la por trás é mais caro
Mete a boca sem receber ordem
As roupas já a denunciam
Ela já esqueceu do seu próprio aniversário
Ela faz isso pra dá amparo
Todos os dias tudo lhe agridem
Todas as suas qualidades num pedaço de papel não caberiam
Ela é anunciada sem passar batom
Dá hora extra depois do plantão e expediente
Está no banheiro drogada e infeliz
Todas as medidas, todas as cores, todos os valores
Dá por necessidade, distração, ambição  muitas vezes sem estar consciente
Se encontrá-la no sinal vermelho o que me diz
Ela perdeu todos os pudores
No seu corpo todos os odores
Ela é a universitária bonitinha
A moça que esconde o rosto
A menina que deixou as bonecas
A mulher que passou da idade
A mulher com pau no meio das pernas
A mulher que está com seu marido enquanto você está na cozinha
A mulher que esqueceu na cama o gosto
Que já passou da hora de tirar a sua soneca
Tá aí pela cidade
Caminhando com as suas próprias pernas.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ódio a Pedro.



Pedro nasceu como todas as crianças
Cresceu como todos os adultos procurando seus iguais
Construindo a duras penas alianças
E criando inimigos fatais
Que não faz parte dos seus iguais
Que não enxergam coisas normais
Mate o Pedro!
Apedrejem Pedro!
Ele chupa paus
Frequenta e faz coisas nojentas em banheiros
Se agarra a outros imorais
Usa todos os seus projetos anais
Talvez esconda da mãe os seus passeios estribeiros
Pedro não é entendido
Pedro só busca ser fodido
Não tem religião
Está mal visto aos olhos de Deus
E bem vestido perante os seus
Mate o Pedro!
Esfaqueiem Pedro!
Ele não é gente
A sua cidadania é forçada, escondida
Não tem medo da coisa proibida
Sem estar diligente
E não se compreende por estar contente
Mate o Pedro!
Dêem uma surra nele!
O ensinem a ser homem
Onde a fisiologia é o que menos importa
Ele não se comporta
Os olhares voltam-se pra ele
Mate o Pedro!
Queimem Pedro!
Ele é de qualquer um
Não tem rumo
Não toma prumo
Não é nada, ninguém
Por isso não imprimo sentimento algum
Talvez o próprio Pedro não compreenda
O ódio sem ter feito algo a esse alguém
Muitas vezes sem rosto
Sem conhecimento
Que não entende
Que Pedro não quer a morte
Que Pedro na verdade é forte
Apesar que não entenda
Mate o Pedro!
Mate o  preconceito!
Mate o ódio a Pedro!
Pedro também morrerá um dia como todos
Pedro tem direito a vida como todos
Não mate o Pedro
Não o mate
Não mate
Mate!



Room.



Estão todos no escuro
Apenas escondidos atrás de muros
Não é preciso de luz
Todos de joelhos praticando a mesma oração
 Atrás da próxima ereção
Num contrair e relaxar de um tremendo frenesi
Apenas diga que sim
Onde a quantidade é o que menos importa
E a vergonha deixa-se na porta
Onde o sexo tem cheiro, é molhado e até desprevenido
Onde nada é banido
Onde come-se com os olhos mesmo sem enxergar
Não vá devagar
Sem se programar
A um passo do quarto
Ou saia dali deixando guardado o ato
Pague o corpo em liquidação parado na porta
Ou vá pro chuveiro pra se preparar pra próxima ação
Apenas pra mostrar que a carne não está morta
Todos juntos numa mesma fornicação.

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