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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Não vamos para o céu.



O Paraíso não nos pertence
Disposto a procurar um teto de vidro que não vale nenhum pence
Olhe os olhos da criança apavorada diante do álcool da noite  sem testemunhas
Entregue aos corpos de nenhuma alcunha
Tremendo de frio fugindo do luto de mais um furto
Em um dia claro disposta numa mesa vazia que provoca o surto
Carregada, apertada, pronta pra servir na esquina
À algum pai de família que vai chegar hoje um pouco mais tarde e a dona nem imagina
Ou escondido se alimentando de fotos de alguma criancinhas
Longe de alguns olhos por não parecer nenhuma gracinha
Fechado dentro de algum banheiro fazendo alguma coisa bem imunda
Apoiado com as mãos na parede lambendo bem alguma bunda
Cuspindo, levando a mão a cara de alguém de muita idade
Incapaz de se levantar contra o inimigo de tamanha maldade
Capaz de selar o destino de seus progenitores atrás de uma certa liberdade
Ou alguma notas que não vão pra nenhuma caridade
Jogado em algum em que já foram depositados todos os picos
Sorrindo, pagando calcinha, não fugindo dos micos
Eles não ganharam direito a redenção
Foram condenados pelos crimes da maldição
O pecado de serem desumanos
Se entregar a delíca de serem profanos.
Conquistando  mundo sem a proteção de alguma asa
Perdendo a vida por não ter encontrado a tal casa.

domingo, 10 de agosto de 2014

12 sessões de sodomia. - Capítulo 2.




Carlos. - 19 anos.


Eu no elevador, entra uma senhora.
-Você aqui?
-Esqueceu que também tenho um consultório aqui?
-Qual andar?
-Oitavo. - aperto.
-Não se aposentou?
-Não consigo. - rir -Te espero até hoje lá.
-Psicólogos não se consultam com parentes. E não tenho tempo, tenho muitos pacientes.
-Não te espero como paciente, mas como filho. Caso você tenha esquecido eu ainda sou sua mãe.
-Não esqueço, você não me deixa esquecer. Você é a melhor no que faz.
-Eu sou tão boa que não consigo me aproximar do meu próprio filho.
O elevador se abre.
-Tá subindo. - falo.
Fecha, silêncio.
-As vezes penso que deveria ter tido mais filhos. Mas volto logo atrás, que é inevitável ficar sozinha. O seu irmão não é traumatizado assim.
-Eu pensei que você já estava acostumada com isso. Porque de deixar sozinho você entende bem.
A porta se abre.
-Deixa eu te ajudar. - segura meu braço -Elisa me pediu ajuda.
-O casamento tá acabando, os sinais estão aí, e disso a senhora também entende bem,
Saio, o elevador se fecha depois de olhar bem para o seu rosto desapontado mais uma vez pela última vez.
Chego no consultório e encontro um rapaz já me esperando.
-Oi, Pedro Messur.
-Carlos Alexandre.
-Prazer, entre.
Entramos na sala, ligo o som.
-Sente na poltrona.
Ele tira o casaco e senta, era magro franzino, cara de menino.
-Quer uma água? Café?
-Não, obrigado.
-No que posso ajudar?
-Nem sei por onde começar.
-Que tal pelo começo. O que faz da vida?
-Trabalho numa locadora, das poucas que teimam em existir.
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-Carlos já pode fechar a locadora. - fala o senhor gordo -E também já pode ir.
-Sim, senhor. - o senhor sobe a escada
Entra um rapaz de boné na locadora.
-Já estamos fechando.
-Sim, sacana. - dá risada.
-Breno. - sorrir.
-Vim devolver esse filme e pegar outro.
-Aqueles ali estão à venda.
Ele se abaixa pra analisar os filmes.
-Filme de viadinho.  - mostra para Carlos a capa de um e dão risada.
Carlos derruba a caixa, caindo dinheiro no chão, Breno olha pra ele.
-"O que foi que aconteceu Carlos?" - a voz do gordo lá de cima.
-Eu só derrubei umas coisas. - Carlos fala alto olhando pra Breno.
-Ai tem muito dinheiro.
-Não, Breno.
-Você quer continuar sendo um merdinha? Vamos ser grandes!
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-E vocês roubaram o dinheiro?
-R$1830,00
-O que mais?
-A noite só estava começando. Saímos de lá com o dinheiro e compramos bebida.
-Quem é esse Breno?
-Estuda comigo num cursinho técnico. É um péssimo aluno, tem péssimas notas.
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Carlos e Breno passam na casa de outro amigo.
-Paulo!
Abre uma mulher gorda, velha, com uma verruga enorme no rosto.
-Paulo não está.
-Sabe onde ele foi? - Breno.
-Não sei, ele não me diz.
-A luz do quarto dele está acesa. - Carlos.
-Deve ter esquecido. - ela vê a garrafa na mão de Breno -Estão bebendo?
-Não. - Breno esconde a garrafa.
-Já é tarde, já deveriam estar em casa. Não tem mães não? Com licença. - bate a porta.
-Merda, velha gorda estúpida. - Breno.
-Ei. - Paulo da janela.
Eles olham pra ele e dão risada.
Paulo pula a janela e desce pelo muro.
E os três antes de prosseguirem passam na casa de Carlos.
-Não demore. -Breno.
-Eu só vou pegar o spray e a máscara.
Carlos entra em casa e encontra a mãe sentada no sofá com uma máscara facial verde em frente a TV. Sobe a escada e passa por um banheiro e vê o padrasto se masturbando. entra no quarto, pega as coisas, vê da janela a vagabunda da irmã chupando o namoradinho no carro dele.
saem os três a noite, pelas ruas, engarrafamento, sinal fechado, andam pelas sinaleiras.
-Larga a bolsa puta! - Breno dá um tapa numa mulher num carro e leva a bolsa.
Paulo vira a garrafa, Carlos picha uma parede.
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-O que mais aconteceu? O que aconteceu no dia seguinte com seu chefe?
-O matei. - dá risada.
Olho sério pra ele.
-Não... Apareci lá, ele me acusou, eu disse que devo ter esquecido a porta aberta. Ele não acreditou, me chamou de moleque, me deu um tapa. Eu só vi o bastão de beisebol que ele exibia na parede. Eu só queria me ver livre daquilo. O deixei desacordado, não estava morto.
-Quanto tempo faz isso?
-Cinco, seis horas. Eu já tinha feito coisa muito pior na noite passada.
-Como o quê? Pra aonde vocês foram depois?
-Pro inferno. Fomos de metrô, sabíamos de uma festinha que iria ter. Ainda dá pra ouvir os gritos.
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Entram no metrô, sentam em assentos diferentes, mas próximos. Breno pega a garrafa da mão de Paulo e bebe.
-Tem quantos anos menino?! -Um senhor.
-Já sou de maior  idiota, se  quiser te mostro o quanto sou de maior dentro das minhas calças. - dá risada, o senhor se levanta e ele olha pra Carlos -Já tem alguma namoradinha pra furar Carlos?
-Vá se danar! - fumando um cigarro.
-Você não sabe o cheiro, é uma delícia, geladinha.... molhadinha passando por sua boca. escutar os gemidos dela no seu ouvido. A porrinha fechadinha, apertando o seu pau. Uma delícia. - Breno.
Chegam na festa.
Paulo dançando com algumas meninas, Breno beijando duas meninas no sofá. Carlos bebendo na poltrona.
Carlos sobe a escada, tinha gente dormindo na escada. Entra no banheiro e vê um rapaz penetrando uma menina por trás, apoiada na parede.
-Vagabunda.
-Ah! - bate na bunda dela.
-Desculpa.
Sai, encontra outro rapaz desacordado sentado no chão ao lado da porta do banheiro, com um elástico amarrado no braço e a seringa ainda injetada.
Entra num quarto, onde estão alguns deitados no tapete, outros na cama, onde tinha duas meninas pagando boquete num rapaz. Deita na cama, sente uma mão por dentro de sua calça, estava bêbado demais pra reagir, e já o tinha deixado duro, a mão era boa demais nisso, nem quis saber de quem ou quê se tratava, só queria ver o céu.
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-Até aí tudo bem.
Ele sorrir.
-Ainda faltava um personagem.
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Carlos urinando na parede.
-Venha aqui moleque. -Breno bate no ombro dele e o puxa -Você precisa se divertir, se soltar.
Vão até a sala, encontram Paulo tirando a roupa, exibindo seu pênis enorme ereto, ele vira de costas e abre o cu para os que assistiam o espetáculo.
-É melhor eu ir, já bebi demais, é tarde.
-É tarde de mais pra voltar. - Breno beija no rosto de Carlos - vem, vou lhe apresentar uma pessoa.
Passam por duas garotas se beijando, e outras pessoas mais loucas ou não do que eles, e que também  não tinham donas.
Chegam numa mesa, onde estão um grupinho fumando narguilé.
-Quero ser comida. - uma garota ruíva.

Ela tira a calcinha, joga pro rapaz sentado na mesa que cheira o presentinho, suspende a saia e fica de quatro na mesa. Um cara escuro, alto e forte, começa a meter nela sem camisinha. Ela olhava pra Carlos enquanto gemia e pisca pra ele.
-Vai Carlos.
O rapaz sai  de dentro dela, deixando um pouco de gozo escorrendo por sua bunda.
Carlos abaixa a calça e começa a penetrar a moça em exibição na mesa.
-Chupe aqui viadinho. - Breno puxa um rapaz de cabelo colorido pelos cabelos e leva pra dentro de suas calças.
E o rapaz começa a chupá-lo, e ele a dá tapas nele e a cuspi-lo, e ainda assistia Carlos comendo a menina ruiva bonitinha sobre a mesa.
-Saia de cima da minha namorada seu idiota. - Aparece um rapaz bombado e quebra uma garrafa nas costas de Carlos.
Breno ao ver se joga em cima do cara quebrando a mesa.
-O solte filho da puta!
Um rapaz aparece e parte pra cima do cara com um extintor de incêndio, batendo com isso nele no rosto dele várias vezes.
E todos batendo palmas, gritando, fazendo parte do espetáculo.
Deixa o rapaz com o nariz quebrado, e alguns dentes caídos, cuspindo e espirrando sangue, tremendo deitado no chão enquanto a vadia de sua namorada chorava ao lado dele.
-Caique. - Breno rir ao vê-lo.
Breno e ele se abraçam.
-Não se pode mexer com amigos meus porra!
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-O Breno é bissexual?
-Não sei, ele disse que detesta viado, mas que viado chupa bem uma rola.
-E de lá vocês foram pra aonde?
- A  noite não tinha terminado, tinha que fechá-la com chave de  ouro.
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Eles saem da festa e verem uma casa.
-Tem uma menina de 15 anos sozinha naquela casa, o pai é segurança, a mãe é enfermeira, tá no plantão. - Caíque.
-O que vamos fazer? - Breno pergunta.
-Roubar a casa.
-Não, vamos pra casa. - Carlos.
-Vai arregar agora? -Breno.
-Vai ser divertido. - Paulo.
Carlos olha pra casa, um dos cômodos estava com a luz acesa. Colocam as máscaras.
Se aproximam da casa e batem na porta.
-Quem é? - a voz da menina dentro da casa.
-Abre a porta putinha, ou vamos arrombar e depois arrombar você.
-Socorro! Não!.
Começam a tentarem a arrombar a porta, conseguem abrir a porta, vão derrubando tudo pela casa. Caíque andando pela casa.
-Vamos para os quartos, deve ter dinheiro e jóias lá.
-Cadê ela?
-O que você está procurando? - Breno.
-A menina.
-Mas...
-Mudei os planos.
Pega o telefone, puxa o fio da tomada e joga o telefone no chão, pisa até quebrar. vai para cozinha, a encontra escondida debaixo da mesa, ela estava de camisola. Ela corre.
-Pega a vagabunda! - Caíque.
Ela sobe a escada correndo, Breno puxa a perna dela fazendo ela cair. Ela chuta Breno, conseguindo se soltar, ela sobe e Paulo vai atrás dela.
-Você fica aqui, olhando a porta. - ordena Caíque para Carlos incrédulo no que estava vendo.
-Vadia! - Breno leva a mão a boca sangrando.
Ela entra no quarto, bate a porta  prendendo a mão de Paulo, consegue fechar.
Paulo e Caíque derrubam a porta, ela estava tentando abrir a janela. Caíque puxa ela pelo cabelo.
-Venha cá vagabunda!
-Por favor não faz isso.
A jogam no chão.
-Segure ela Paulo.
Paulo segura os braços dela.
-Ajuda, por favor ajuda.
Ela movimentando as pernas e o corpo tentando se ver livre, eles eram fortes demais. Caíque tira a calcinha dela.
-Não!
-Vou te dá um trato.
Ela vê o ferro de passar debaixo da cama, consegue  soltar um dos braços de Paulo e  pegar o ferro e bate com ele no rosto de Caíque e depois na cabeça de Paulo. Sai correndo, deixando o ferro no chão.
Ela vê no corredor Breno, consegue se soltar dele, tropeça e desce rolando a escada e logo em seguida estava Breno em cima dela, que a coloca deitada na escada e ela o arranhando.
Descem Caíque e Paulo.
-Você me deixou com raiva vagabunda.
Caíque dá vários murros nela. Ela chorando vira o rosto e vê Carlos olhando a cena parado.
-Até um crime machucar esse seu rostinho bonito.
Breno beijando os seios dela, lambendo o rosto dela.
-Arh!
Paulo no meio das pernas dela. Caíque abaixa o zíper e coloca o pau pra fora, suspende a perna dela.
Ela tremendo em cada metida que ele dava. Breno abaixa a calça, a vira de bruços, batendo o rosto dela no degrau. Beija a bunda dela, antes de penetrá-la. Ao terminar a farra dentro dela, ela escorrega pelos degraus.
Mas Paulo a pega.
-Não acabou.
Suspende a perna dela e Breno e Caíque juntos recomeçam o ato, a penetrando juntos. Ela estava sangrando, mas mesmo assim continuavam. Ela olha pra cruz na parede e depois pra luz em cima dela e antes de fazer alguma súplica ou pedido ela é carregada até a cozinha e posta de bruços sobre a mesa e agora era Paulo que a penetrava.
-Gosta de um pau grande no seu cuzinho vadia?
-Venha Carlos! - Breno.
Carlos se aproxima.
-É sua vez.
A menina deitada sobre a mesa, Carlos se aproxima dela.
-Por favor...
Sobe em cima da mesa, coloca o pau dentro dela, alisa o cabelos e rosto dela, ela vira o rosto e resmunga palavras indecifráveis misturadas a grunhidos.
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-O que você sentiu?
-Eu não sei, na hora eu fiquei só viciado no medo dela. Ela tremia o corpo todo, os olhos grandes apavorados e eu me vendo neles. Me sentindo dono dela, gostando de sentir o medo dela por mim. Na hora eu fiquei paralisado vendo o quadro todo, depois me arrependi de ter começado tudo, mas já era tarde, era como se fosse uma obrigação concluir.
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Ela cai no chão, ela grita, chora de bruços, deita no chão toda encolhida ainda tremendo de medo. Caíque ao vê a cena coloca o pau novamente pra fora e começa a bater uma admirando a cena, goza, derramando o líquido sobre ela. Breno dá risada e urina no rosto dela e Paulo picha o corpo todo dela terminando a brincadeira cruel. E todos saem deixando a desgraçada da noite com seu pavor.
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-E depois vocês foram pra aonde?
-Eu só sei que acordei num motel com eles e mais três prostitutas.
-E como você acordou?
-Bem. Eu sei que não deveria, mas acordei bem e me sinto culpado por isso. - com lágrima nos olhos - Posso ir no banheiro?
-Pode, é ali. - aponto.
Ele vai, fecha a porta, olho as horas, ainda tinha mais e mais pacientes. Olho pro telefone e a porta fechada e fico nesse dilema por alguns minutos.
Bato na porta.
-Carlos, se você se arrepende, eu acho melhor confessar.
Nada de respostas, bato novamente.
-Carlos?
Giro a maçaneta, a porta estava trancada. Pego uma chave numa caixa e abro a porta e encontro Carlos deitado ao lado do vaso, ensanguentado, e o pau dele decepado, ainda exposto no chão.
-O que você fez? - pego o corpo dele - Vou chamar ajuda.
-Não. - ele chorando - Você já viu alguém morrer? É uma das cenas mais bonitas de se ver. Você me perdoa?
-Desculpa Carlos, eu não posso... Sinto muito, muito - também chorando.
Ele agonizando.
-Eu tenho uma estranha maneira de ser feliz. - sorrir
Uma hora depois levam o corpo dele. A minha mãe em meio as várias pessoas que lotaram o meu consultório, olho pra ela.
-Eu não conseguir ajudá-lo.









12 sessões de sodomia. - capítulo 1.





Clara. - 25 anos.

-Como vai?
-Vou bem. - ela com os olhos pra baixo fugindo de mim.
-Em que posso ajudá-la?
Era inevitável ao olhá-la lembrar de minha filha.
-Eu tenho um problema com o meu namorado.
Tinha olhos azuis lindos que estavam marejados de lágrimas.
-Que tipo de problema? Você pode contar o que você quiser aqui, fique a vontade. Não vou lhe julgar. A arte de clinicar é um sacerdócio.
-Eu não tenho prazer com o meu namorado.
Ela fica segurando e mexendo nas coisas e objetos de decoração da mesinha de centro.
-Que música está tocando?
-Losing my edge, LCD Soudsystem. Não gostou?
-É melhor do que ouvir FM. Posso acender um cigarro?
-Pode, fique a vontade.
-É fumante?
-Não.
-Eu também não sou. - dá risada.
Uma risada nervosa
-Você disse que não tem prazer com seu namorado. Já conversou sobre isso com ele?
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O namorado de Clara em cima dela, a penetrando, olhando pro rosto dela, chupa um dos seios dela, estava suando igual a um porco, metia... metia e não gozava. Demorando dentro dela, e a porra do pau ainda permanecia dura, persistente.
-Arh!...
Deita sobre ela e depois vira pro lado, pega um rolo de papel higiênico, limpa o pau dele, entrega a ela depois de usar o rolo.
-Vou tomar banho.
-Tenho que trabalhar, te vejo mais tarde. - a beija.
Ele se levanta.
-Te amo.
-Tá tomando a pílula?
-Estou, Claúdio.
Ela olha pra baixo, pra sua parte íntima peluda.
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-E você já tentaram sexo anal? Ou qualquer outra coisa?
-Ele não é romântico, não é que eu também seja. Queria que as vezes ele dissesse coisas como: Quero beijar seus lábios de baixo, sua xoxota tá cheirosa ou me dá seu cuzinho linda.
-Quantos cm ele tem?
-14.
-Já fez sexo anal com ele?
-Uma vez, nem doeu. Não sinto nada.
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Clara no chuveiro, lava os cabelos de cima e depois os cabelos de baixo. Olha para o chuveirinho. Senta, abre as pernas, começa a meter o chuveirinho ligado por entre suas pernas, leva uma das mãos a parede, abre a boca. O chuveiro ainda ligado a molhando toda, molhada em baixo.
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-Eu passei a me masturbar quando ele saía.
-Nunca se masturbou?
-Uma vez. Estava assistindo TV, tinha 14 anos, fiquei excitada ao ver um homem sem camisa num filme. Não tinha ninguém na sala comigo e só tinha o controle remoto. Tirei a calcinha e meti o controle dentro de mim.
-Já tinha perdido a virgindade?
-Sim. Foi com treze anos, um garoto da escola me chamou pra passear, eu toda feliz. Ele era um garoto lindo. Disse que queria ver a cor da minha calcinha, que gostava de mim... que não tinha mal. Me deu um beijo. - os olhos azuis dela enchem-se de lágrimas - E foram 7 metidas até gozar, 17 segundos exatos.
-Sinto muito.
O meu telefone toca.
-Desculpa. - desligo -E depois disso?
-Pensei que éramos namorados, mas vi ele convidar outra menina. E assim foi continuando até um dos passeios terminar em gravidez. E ele sumiu, mudou de escola,... de estado.
-E antes desse namorado você teve outros?
-Tive outros dois, o Marcelo trabalhava comigo num restaurante, era bem grande, mas carinhoso demais e o Fausto demorava pra ficar excitado, eu ficava quase 30 minutos só o chupando e a porra do pau não subia. Pensei até que não sabia fazer direito. Até que fiquei decidida em chupar um desconhecido na rua, nem chegou em um minuto, derramou esperma por toda a minha boca.
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Ela lavando a louça.
-Tchau Clara.
-Tchau, boa noite.
Marcelo aparece.
-Ainda aqui?
-Terminando de lavar a louça.
-Sabia que estamos sozinhos?
-É...nem notei.
A vira, suspende a roupa dela, desce a calcinha, afasta as pernas dela. Ela olha o seu reflexo no prato a espera de alguma coisa e o de Marcelo transformado. A primeira não tinha dor nem prazer, a segunda muito menos e assim sucessivas, até ele gozar.
Ela deitada de bruços, Fausto  em cima dela, ela olhando o relógio.
-Chupa mais um pouco.
Ela se vira, ela deitada e ele de joelhos metendo o pênis meia bomba pra dentro da boca dela. Ela olhava pro rosto dele e o suor escorrendo por seus pelos sobre o peito, que dava nojo nela. Ele começa a beijar as pernas dela, chega no meio das pernas dela, demora bastante lá, nenhum líquido, vaporzinho, quenturinha, estalinho, nada.
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-E como conheceu o atual? Qual é o nome dele?
-Cláudio. Eu o conheci num cursinho pré-vestibular. Ele era até esforçado no início, mas não foi chegando, ele foi ficando mais frio do que eu.
-Você gosta dele?
-Amor?
O meu telefone toca novamente.
-Desculpa. Atenda.
-Vou deixar desligado o celular. -desligo o aparelho.
-Quem era?
-Minha mulher.
-Quanto tempo casados?
-27 anos
-Ela ainda goza como no início? Sente prazer?
-Acho que sim, mas não estamos aqui pra falar de mim.
-Posso levar essa bola de vidro?
-Gostou?
-Sim, fico imaginando ela dentro de mim. Como disse eu comecei a me masturbar, a meter várias coisas, grandes, pequenas, tortas, grossas, e comecei a sentir uma coisa que não sentia com nenhum dos meus namorados.
-Que tipo de coisa?
-Não sei, só sei que é gostosa de sentir. Vai subindo pelo corpo e depois desce e fica preso ali nas suas genitálias.
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Ela metendo a ponta do secador de cabelo  na sua vagina, feriu, começa a sangrar.
-Merda!
Ela deixa o secador no sofá, vai ao banheiro, pega papel pra tentar estancar, pega uma toalha.
-Ai.
Termina indo para um pronto-socorro de uma emergência.
-O que aconteceu?
-Cair sobre o corrimão da escada.
Termina de fazer o curativo a enfermeira.
Na sala do médico.
-Novinha em folha. Tome cuidado garota.
-Como é ver tanto tipo de buceta todos os dias?
-O quê?
-Tipo... Não enjoa?
-Como assim? - sorrir.
-É casado. - aponta pra aliança no dedo dele - Como é ver depois de tantas bucetas diferentes a mesma buceta de sua mulher?
-Você já está melhor, pode ir.
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Alguém bate na porta.
-Eu vou ver quem é, desculpa.
Ele abre a porta e vai para outro cômodo.
-O que você está fazendo aqui Elisa?
-Estava tentando falar com você, mas como você não atende sua própria esposa, decidi vim aqui.
-Estou trabalhando.
Ela olha o retrato da filha.
-Você ainda guarda retratos dela aqui?
-É minha filha também.
-Tá morta!
-Fala baixo, tem gente na sala.
Ela abre a porta.
-Daqui a pouco ele volta pra você querida, que pra mim ele esqueceu de voltar.
Ele fecha a porta.
-O que foi? Fala!
-O nosso filho.... O outro filho caso você ainda lembre que tenha, meteu o pauzinho dele sem camisinha na namorada dele e agora ela tá grávida. Me diz o que fazer? Ele só tem 17 anos e eu estou vendo que o idiota vai querer casar e você como sempre correto vai deixar o menino acabar com a vida dele por causa de uma besteira de adolescente, que poderia ser muito bem resolvida, num desses estabelecimentos ou tomando qualquer porcaria que faça descer, que vai ser muito menos trabalhoso do que organizar  uma festa de casamento, comprar um vestido e fazer um enxoval de uma criança.
-Me espere em casa. Quando eu chegar em casa conversamos sobre isso.
-Espero, só espero que não fique em bares como sempre fica, porque cada gole não vai trazer a nossa filha de volta. Você não deveria tratar ninguém, já que nem você consegue se tratar. - ela sai.
Eu fecho a porta, volto pra sala, olho sem graça pra paciente.
-Desculpa.
-Não tem nada. Morreu como? Foi inevitável não ouvir.
-Eu não quero falar sobre isso. Desculpa não vou poder continuar.
-Eu quero continuar.
-Como?
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Clara no sofá metendo a mangueira do aspirador de pó, o namorado entra com um buquê de rosas e ver a cena.
-O que é isso?!
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-Ele me achou doente.
-Terminaram?
-Eu disse que ia parar.
-Por que não conversa com ele, pra ele tentar te masturbar durante a relação? Por que não tenta?
-Eu sei que não vai dá certo.
-Por quê? Faça então você mesma.
-Você me acha doente?
-Eu não estou aqui pra fazer julgamentos, estou aqui só pra te ajudar.
-Você sabe que namoro os objetos que vejo, que dou nome a eles, que até repito os que me dão mais prazer.
-E você o que acha disso?
-Imagine uma criança que goste muito de um brinquedo e ele quebra ou perde-se ou é proibido. Eu não consigo  parar de brincar como os outros. estou perdendo os meus limites. - chorando.
A vontade que tinha era de abraça-la, carregá-la no colo, era uma menina.
-E pra você esquecer o brinquedo, ele tem que ser substituído por outro.
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Clara andando na rua, ela nota um homem a seguindo, ela entra numa rua.
-Parada aí.
-Deixa eu ir, não tenho nada. - os olhos dela tremendo.
O homem pega no pau sob a calça, dá um tapa nela.
-Ai.
Tira um canivete,  passa a lâmina pelo rosto dela.
-Moca bonita que olhos lindos você tem.
-Por favor, não faz isso.
Tira a calcinha dela e não escuta a sua súplica.
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-O que você sentiu?
-Dor, medo e por incrível que pareça a mesma sensação do chuveiro. Você já viu uma lebre com medo? Ela treme todo o corpo, como se tivesse sendo acuada, caçada. Ela se contorce, se bate, os olhos arregalam, não se rende se movimentando tentando se ver livre do seu caçador, até se render, por ver que não tem mais jeito.
-Sinto muito.
-Eu gostei. A vontade que tenho é sair e gritar que me estuprem.  Saia na rua de vestido sem calcinha, à procura de olhos que me desejassem , e me jogasse em qualquer esquina e me violenta-se
Eu me levanto e trago um copo com água. Ela bebe.
-Acabou a sessão.
Ela pega a minha mão, cheira a minha mão, alisa a minha mão sobre o seu rosto., e leva a mão dela sobre o sobre o meu pau, coberto pela calça.
-É melhor você ir. - me afasto.
-O seu pau não ficou duro? Eu quero sentir de novo, uma dor tão grande que não caiba entre minhas pernas.
-Eu não posso.
-Ética profissional? É fiel?
-Você parece com a minha filha.
Eu dou as costas, ela se levanta.
-Obrigada.
Ela sai, deixando a porta aberta. Ele abre o freezer, pega uma cerveja, abre, pega o retrato da filha no outro cômodo, senta na sua  cadeira, começa a beber olhando pro rosto da filha. O expediente tinha começado mais cedo.





sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Encomende sua morte. -Capítulo 2.



Eduardo Franteshi e Caio Pitiguá.

Marta chega a um porto marina, onde tem alguns barcos ancorados, tira o óculos pra conversar com um homem de cabelos grisalhos que já estava a esperando.
-Bom dia. - fala ela.
-Bom dia.
-Trouxe o combinado?
-Sim. - entrega a mala.
Ela abre a maleta.
-Adoro o cheiro das verdinhas.
-E vai ter mais dessas.
Ela se vira pra ele.
-Certamente, e nós dois vamos sair ganhando e felizes dessa.
Um tiro atinge a cabeça de Eduardo Franteshi, sujando o rosto de Marta de sangue.
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Marta jovem , 23 anos, dormindo numa cama toda desarrumada, ela acorda, ainda tenta manter os olhos fechados, sente algo pegajoso em sua mão, abre os olhos, vê sangue. Olha pro corpo ao lado , o seu amado, depois de uma noite de amor, morto e em pé com uma arma, um funcionário do seu pai.
-O que você fez? Por quê? -ela se levanta e começa a bater nele.
Ele a segura.
-Ordens do seu pai.
-Não. - ela chorando.
-Pare de chorar, temos um corpo pra enterrar.
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Um homem dá uma toalha a Marta, ela limpa o rosto, enquanto outro coloca o corpo no porta mala do carro.
-Continua com uma ótima pontaria Celso.
-Obrigado senhora. O que vamos fazer com o corpo?
-Coloque um peso amarrado nas pernas e jogue no mar, com sorte pode ser encontrado daqui há alguns anos, eu só espero que esteja irreconhecível.  Fez o que pedi?
-Sim. - entrega o envelope a ela - Tudo confere com o que ela disse.
-Sabemos bem que essas coisas podem ser facilmente feitas, que podem ser questionáveis. Continue investigando, alguma coisa me diz que ela vai me causar muitos problemas.
Celso é um dos importantes e melhores homens que trabalham com ela, matador profissional, está com a família Schultz já há algum tempo. Ele tem 52 anos, tem família, esposa e filhos e nenhum deles sabem no que o provedor da família trabalha.
Eduardo Franteshi é traficante de heroína na região, ele pagou a Marta para encomendar a morte de Caio Pitiguá, seu principal rival no ramo, que nos últimos meses o ultrapassou. o que ele não contava é que Caio também encomendou a sua morte.
Marta chega em casa e vê a mesa posta.
-O almoço já está pronto querida sogra. - Clara.
-Pêni, tanto tempo casada com meu filho e não sabe que ele não gosta de macarrão. Ceiça retire a mesa e sirva o de sempre. - se aproxima da nora - Aqui nessa casa quem escolhe o que vai a mesa sou eu.
-Faz o que com a comida senhora? - Ceiça.
-Jogue fora, não vai servir nem pros empregados. -fala isso olhando pra Clara.
Mais tarde como é de costume de Marta, ela oferece uma espécie de chá das cinco, uma tradição da família Schultz. É uma honraria uma senhora ser convidada para o chá na casa dos Schultz, em que as senhoras se descabelavam para estarem.
Nas conversas sempre estavam em pauta a vida de outras senhoras da alta sociedade, um acessório, um objeto de decoração, ou algum evento beneficente ou elaboração de alguma festa, claro que na mansão dos Schultz. 
-Sejam bem vindas senhoras. - Marta senta na sua poltrona.
A empregada traz as xícaras.
-À esquerda querida, sempre à esquerda.. É nova, me desculpem. Essa criadagem  já não vem pronta, você tem que ensinar tudo. Pode ir.
Ela vê Clara.
-Clara junte-se a nós.
-Eu não suporto essas futilidades.
-Está chamando sua sogra e amigas de fúteis?
-Eu só estou dizendo que tenho coisas mais importantes a fazer do que falar de sapatos, jóias, roupas e crianças pobres, vou esperar meu marido. -se retira.
-Vaca. - sorrir.
-Parece que você não se dá bem com sua nora. - uma das senhoras.
-Infelizmente não escolhemos com quem nossos filhos devem se casar. E sinceramente pensei que seria só mais uma que teria que calar com algum dinheiro. Meu filho nunca foi fácil, se atrai fácil por um par de pernas, seios durinhos e uma bunda perfeitinha e as vezes nem isso. - dá risada -Infelizmente ela engravidou, mas vamos falar de nossas crianças. Estou pensando em leiloar minha escrivaninha de pedra mármore e eu pensei em contar com ajuda das senhoras em também em ajudar com objetos, principalmente de valor afetivo e colaborativo.
-Não seria mais fácil dá uma quantia em dinheiro Marta, já que somos todas ricas, e você mais ainda. - uma senhora loira.
-Eu não sabia que ser amante dava alguma posição social. Laura você sabe que não perco a oportunidade de abrir as portas da minha casa pra uma festa, e é tão menos frio do que dá simplesmente o dinheiro. Mas se não tiver nada pra leiloar não tem importância, somos amigas há tanto tempo.
-E de onde vem tanto dinheiro Marta pra dá essas festas? Até aonde sei vocês não tem emprego, mas tem empregados e bens.
-Aplicações e resgates e meu pai me deixou uma boa fortuna.
-Que não acaba! E que sorte em tempos difíceis conseguir dinheiro fácil.
-Desculpa querida se eu não tive que dormir com algum homem casado pra chegar até aqui. E eu não sabia querida que você trabalhava pra receita. as minhas contas com o leão já foram pagas.
Laura era uma das amigas de Marta e que frequentava a casa dela. Vive num bom e luxuoso apartamento pago por seu amante, um desembargador e assim  enquanto as marcas da idade não aparecem, graças a medicina dos cosméticos e das cirurgias plásticas, vai vivendo.
Marta sentada num sofá, pega um celular.
-Já está feito?... Ótimo, conclua o resto.... Daqui a pouco estou indo aí.
Clara aparece.
-Concluir o quê? Ir pra aonde?
-Que feio ouvindo a conversa dos outros.
-Estava andando pela casa esperando meu marido.
-Que esposa devotada, a mansão é tão grande pra você me rodear como urubu. Continue esperando ele, de preferência na porta. E o que estava falando ao telefone e com quem não te interessam, são apenas negócios.
-Está bem, com licença.
Marta tira o chip do celular e quebra.
O telefonema informava que interceptaram o carro em que estavam Caio Pitiguá mais 4 pessoas, todos foram alvejados a tiros, apenas a filha dele sobreviveu. E também invadiram a fábrica de drogas de Eduardo Franteshi, matando todos os operários.
Começaram a desencavar um túmulo, abrem o caixão, dele se vê Marta sorrindo, Caio sai do buraco.
-Pensei que não iriam me tirar daqui.
-Trato é trato.
-Acreditaram?
-Certamente sim, saiu até no jornal e sua filha é uma ótima atriz, me emocionei no velório. -abraça a menina.
-Pena que tive que perder dois homens. Então estou oficialmente morto?
-E o único traficante de heroína da região como queria. Eduardo se foi e todo seu estoque foi queimado junto com seus homens e não vão procurar você, já que está morto.
Oferece a mão a ela.
-Bom fazer negócios com a senhora.
-O prazer foi todo meu, me contate quando precisar encomendar alguma morte.
-



quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Quinze minutos.



Eles nunca se viram, se conheceram
E agora só lhes restam 15 minutos dentro de cabine em que já estiveram
Só é preciso de um nome, uma cama e um pau rígido
Beijar um desconhecido sem estar tímido
Ultrapassar o tempo sai mais caro
Corpos com preço sem nenhum despreparo
A introdução foi na sessão extra com toda a boca fazendo a festa
Depilado, copiado, com floresta
Desenvolveu-se de lado onde era mais confortável
E mesmo assim por falta de K-Y não foi algo suportável
Apesar de todo álcool e tesão que não se mediam  em uma régua milimetrada
Concluindo numa batida a dois com trocas de mãos concentradas
Nesse momento não se lembravam mais  o nome um do outro
E o líquido jorrado em alguma parte do corpo terminava o encontro
Valor dividido
Em algum lugar escondido
Rosto nunca mais visto
Fazendo algo previsto.

domingo, 3 de agosto de 2014

Cabeça de dinossauro. - Capítulo 2.



Mãe.


Marcos entra na casa da mãe, Marília.
-Que ideia de vocês filhos, só por achar que sou sua mãe que tenho que te receber a hora que quer quando bate a minha porta.
-É sábado, seu dia de ficar comigo.
-Exigência daquele juiz idiota , que seria bom pra sua educação, balela! -ela com um cigarro na mão - Tá com quantos anos? 14?
-13.
Ela senta na poltrona, dobra as pernas, estava num vestido azul deslumbrante, fumando olhando de cima a baixo o filho.
-Já furou alguma menininha? Ou ainda é donzelo? - traga o cigarro -Soube  que colocou um vídeo na internet de uma coleguinha putinha chupando seu pauzinho. - dá risada.
Ele continua sério, calado olhando pra ela.
-Ai, você é sem graça como seu pai. - ela se levanta -Não sei como fiquei tanto tempo casada com ele.
-Pra ficar com essa mansão talvez.
-Por aturar a chatice do seu pai por tantos anos eu merecia bem mais do que isso. Ele me prometeu o céu, o mar... quando vi já estava com a barriga desse tamanho de você. Você pesava... era um fardo desde o início.
Ela coloca o cigarro no cinzeiro, e acende outro, vai para a cozinha, Marcos a segue. Ela abre a geladeira.
-Deixa eu ver se tem algo pra comer. - ela tira um pote de sorvete - Você fuma?
Ele olha pra ela.
-Nem uma maconha? Que chatice! Pelo menos seu pai no início era divertido, me enganou direitinho...Quando vi já estava com uma aliança enorme no dedo. - ela abre o pote e dá risada - Se ferrou, não é sorvete, é feijão. Ferve assim mesmo, só deve estar uma... ou duas semanas no congelador, adolescente come qualquer coisa mesmo. - ela sai da cozinha, Marcos a segue - Você fica no quarto, não tem videogame como na casa do seu pai... mas tem TV, tem canal que não acaba mais, até pornô! Contanto que assista baixo e não saia do quarto. Vou receber um namoradinho, bem mais caliente que a porra do seu pai. Aquela velha chata ainda tem aquele cursinho de inglês dela? Aposto que ela te obrigou a fazer os 6 períodos  e você não aprendeu porra nenhuma. - dá risada e vai para o quarto.
Lucas fica parado diante daquela mulher  que ele não reconhecia.
-Não vai convidar pra entrar mal educado?
Ele abre a porta, ela respira fundo e senta a mesa, e ele também pega uma cadeira e senta.
-Não tem café? Água? Cerveja? Não oferece nada pra sua mãe?
-Só tem água.
-Ah! Que apartamento maneiro! Tô morando num barraco que não dá nem pra mim. Onde está seu irmão?
-No trabalho.
Olha para as unhas dela sujas, ele olhava pro rosto dela tentando procurar alguma coisa de sua fisionomia.
-Soube que ele trabalha numa repartição pública, é concursado... E não me deu nada. A mãe passando fome, eu com um reumatismo que me persegue há anos.
Ele olhava cada palavra sendo despejada de seus lábios rachados.
-A senhora também não nos procurou. Nos deixou a própria sorte quando papai morreu. - chorando.
-Você era pequeno, idiota, seu pai era bandido. -ela se aproxima do rosto dele - Eu tinha tudo, estraguei, perdi tudo, por ter engravidado do seu irmão e ele me deve isso! - chorando.
Ela abre a bolsa, e joga receitas médicas e contas sobre a mesa.
-Tá aí a minha merda de vida. E vocês estão no bem bom. E eu dormindo num sofá minúsculo. - ela se segura nos braços dele - Eu exijo dinheiro, e vocês não vão me ver nunca mais, eu sei que estou fedendo. - ele sente cheiro forte de álcool vindo da boca dela.
-Você não sabe quanto custou pra chegarmos até aqui e bate na nossa porta e nem pergunta como estamos, se estamos bem.
-Guilherme que te jogou contra mim, aquele filho ingrato... viado!
-Eu era pequeno, mas me lembro... nenhuma demonstração  de amor, de afeto. Você nunca foi mãe pra exigir agora que sejamos filhos.
-Onde ele guarda o dinheiro?
Ela andando pela casa.
-É melhor a senhora ir embora.
-Vocês sobreviveram e estão reclamando de barriga cheia. - ela cai no chão.
Ela se arrasta pelo chão.
-Onde é o quarto dele?! Deve estar no quarto.
Lucas a levanta, ela olha pro rosto dele, toca no rosto de Lucas, uma coisa que ela nunca fez.
-Não precisamos de você, e sobrevivemos porque tivemos um ao outro apenas.
Ela cospe no rosto dele, Lucas a puxa até a porta.
-Desgraçado! Desgraçado! Desgraçado!
Ele a coloca pra fora, ele bate a porta, tranca. Ela continua batendo na porta.
-Vocês me pagam! Eu quero dinheiro!
Lucas do outro lado da porta chorando.
João ao chegar em casa se depara com a mãe ao lado de um homem que lhe causa arrepios.
-João lembra do pastor Herbert?
Ele olha pro homem que ele se lembrava bem
-Você cresceu rapaz!
" Vamos pra aquela sala". Ele aperta as mãos.
-Ele vai voltar pra nossa igreja. Não é uma bênção filho?
"Jesus quer isso menino, você tem que me obedecer". Seu corpo começa a tremer diante daquele homem.
-Como estão seus filhos pastor?
A mãe bestial sorrindo, ele respondendo nem ouvindo o quadro diante dele. " Não conte a mamãe, você não quer desagradar a Deus"
-Oh glória! Vamos fazer a leitura da Bíblia filho?
" Você tem a boca impura, só sai blasfêmias. Tá na hora de limpar sua boca, me beije."
-Filho?
"Isso, desce"
-Filho?
-Desculpa, não estou me sentindo bem. Posso ficar no quarto?
-O que foi? Está sentindo o quê?
-Deve ser o calor Sílvia. - o pastor sorrindo. -Espero você lá na igreja João pra servir a obra de Deus. Eu adoro a companhia dos jovens.
-Está bem.
Ele entra no quarto, se tranca, começa a chorar.
"Fica quietinho, não vai doer, você vai ver Jesus".
Luíza chega em casa e encontra a empregada chorando.
-Cássia o que aconteceu?
-O Matheus me bateu dona Luíza.
-Onde ele está?
-Está lá fora com os amigos. Eu não quero mais ficar aqui dona Luíza.
-Cássia acalme-se. - ela pega um copo d'água e oferece a empregada.
-Eu não quero! Olhe pro meu rosto. - chorando.
Luíza sai de casa e vai atrás de Matheus e o encontra com outros meninos.
-Matheus pra casa.
-Eu não vou. - dá as costas a ela.
Ela pega ele pelo ombro.
-Eu estou mandando!
-Eu disse que eu não vou, estou brincando.
A empurra, ela cai no chão. As pessoas que passam na rua veem a cena. Ela olha para os rostos dos outros meninos.
Ela se levanta e tira o cinto da cintura dela e começa a bater no filho.
-Pára mãe!
-Ah! - ela chorando se confundindo com o choro dele.
Ela continua batendo até entrarem em casa. Ele se tranca no quarto.
-Abre a porta Matheus! Arh!
Ela senta no chão e nota que a empregada já não está mais em casa, só tinha deixado um bilhete. Ela estava sozinha mais uma vez.
Marcos na sala vendo a TV vê a mãe trocando de roupa, por a porta estar aberta, ele se aproxima.
-Me ajuda aqui com o zíper.
Ele entra no quarto, fica admirando as costas brancas da mãe.
-Quer tocar? Pode. - ela coloca o cabelo pro lado.
Ele alisa as costas dela, lisa, macia, suave.
-Aposto que nenhuma de suas coleguinhas tem costas tão boas de tocar quanto as minhas.
A campainha toca.
-Ele chegou. - ele suspende o zíper - No quarto como falei. - ela deixa o cigarro em um canto.
Ele vai para o quarto, fica olhando pela fresta o namoradinho entrar e ir logo pondo suas mãos grandes na cintura dela e a encher de beijos que tinha o deixado com muita raiva. Ela se coloca de costas pra ele e ele continua beijando a nuca dela. E vai tirando o vestido vermelho bonito, nem se importando com ele, o vestido que ela colocou só pra ele. E vão para o quarto e ele começa a ouvir gemidos dela, ela gemia cada vez mais forte e alto, seus gritos cada vez maiores.
-"Ah! Urh...ai"
-Gostosa... safada"
Marcos tira um canivete do bolso, sai do quarto, a porta estava encostada, ele olha ela de quatro e ele a penetrando, o rosto dela pelo espelho gostando e ele apertava com mais força o canivete em sua mão, o sangrando, o já sangrado coração.
Lucas sentado no sofá vendo a TV, chega seu irmão e vê a bagunça pela casa.
-O que houve?
-Nossa mãe esteve aqui... Ela nem perguntou como estávamos, nem disse que estava com saudades, nem pediu desculpas por ter nos abandonado. - chorando.
Guilherme o abraça.
-Eu não vou deixar ela chegar nunca mais perto de você, prometo.
João senta a mesa pra jantar, a mãe dele chorando, arrasada.
-O pastor Herbert morreu João.
Ele fica se lembrando ele chegando na igreja.
-Parece que foi assalto, ele morreu brutalmente esfaqueado. Ah que coisa horrível meu Deus! Como pode isso acontecer com um homem de Deus?
Ele lembra o pastor perguntando como ele estava, o tocando com suas mãos de pecador e ele com a faca escondida atrás das costas.
A mãe se levanta da mesa.
-Meu Jesus que monstro pôde ter feito uma coisa dessa?
Ele lembrando lavando várias vezes as mãos e o rosto pra tirar o sangue.
Matheus na janela esperando o pai.
-Ele não vem, já está quase escurecendo. Na semana passada ele nem apareceu. - a mãe ao vê-lo na janela
Ele sorrir, ver o carro do pai chegando.
-Ele chegou.
-Matheus!
Ele já abre a porta abraçando o pai.
-Traga ele cedo, ele tem trabalho de português pra fazer.
-Está bem. Bora garotão.
Eles saem e Matheus não dá nem um tchau ou beijo na mãe.
No carro Eduardo vê as marcas do cinto no braço de Matheus.
-O que andou aprontando?
-Nada... Vai me levar pra aonde?
-Um rodízio de pizza. Sua mãe anda preocupada, encontrou umas coisas no seu quarto. Quer falar sobre isso?
-Não são minhas.
Na pizzaria eles sentados a mesa, Eduardo fica olhando pra uma mesa com três mulheres atraentes.
-Não são bonitas filho?
-São.
-Já tem namorada?
-Não. - ele olha pra mesa com as mulheres, depois pra pizza e depois pro pai olhando pra mesa.
-Já pensou papai com aquela loira!
Ele deixa o filho no seu apartamento e sai com a loira.
-Papai volta já. - beija a loira e fecha a porta.
Matheus anda pela sala , passa o olho em todo o apartamento.
Luíza se abaixa e vê debaixo da cama pra pegar o cinto, e o encontra todo picotado.
Matheus começa a quebrar todas as coisas do apartamento do pai, joga a TV no chão, rasga o forro do sofá, jarros, objetos eletrônicos, tudo que ele vai vendo pela frente vai indo ao chão, se quebrando, isso ao meio as lágrimas que teimavam em cair.
Ele para, estava sentado no sofá, diante da parede branca do apartamento todo organizado, diante de sua vida nada organizada.

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