Tinha começado mais um ano letivo, rever os colegas e professores, conhecer os mestres do ano, ficar ancioso para as novas histórias entre os corredores, conhecer os novatos. Entre os novatos, me chamou a atenção uma menina.
Me perdi na sua beleza, quando vi me esbarrei nela e bestificado nem agradeci quando ela se abaixou e pegou os livros para mim e os entregou nas minhas mãos, com suas mãos suaves e perfeitas e como se ainda não fosse de mais, ainda sorriu para mim.
Tinha ganhado o dia, ela era de mais, todos babavam ao vê-la desfilar pelos corredores. Ela nunca mais olharia para mim com aqueles olhos ternos de carinho, um menino desastrado, desligado, uma geringonça humana.
Me roía de raiva ao vê-la dá bola para os outros meninos, mesmo não sendo nada dela.
Ela nem sabia que todas as noites ela era minha e de mais ninguém e faziamos de tudo naquelas noites, que eram apenas uma criança.
Minha esperança de ter alguma coisa com ela sumiu quando soube que ela tinha namorado. O que fazer? Era só lamentar que esse rapaz era uma homem de sorte.
Aquela menina... Aquela menina, o seu nome ocupava todas as folhas do meu caderno, fazia as outras meninas ficarem ao chão perto dela. Sem pedir ela era o primeiro e último pensamento do meu dia, sem eu notar ela ocupou espaço no meu coração.
Sofri por não ter coragem de dizer o quanto a amava. Meu coração batia acelerado, me faltavam palavras, me tremia todo ao me aproximar dela, isso quando eu tinha oportunidade.
No outro ano ela foi estudar em outra escola, e eu tentei procurar em todas as meninas que me envolvi Aquela menina que um dia foi a dona do meu coração
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