segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Beleza de vitrine
A última prótese de silicone
Na TV bundas para subir a audiência
No espelho você se olha com que frequência?
Gosta do que ver? Consome?
Negra do cabelo duro ou liso?
A beleza do teu olhar em teu sorriso
Vou comprar um carro e me tornar bonito
Beleza americana, oriental, européia
Eu quero a beleza dos índios
Quanto custa o rosto perfeito?
Aposto que tem defeito
Magro, musculoso, epopeia
A beleza está no corpo?
É mais fácil apontar o feio do que o belo
E o feio no belo
Harmonia, simetria, agonia
Beleza passageira
Dizem que só os jovens tem
Medo de envelhecer
Lei natural das coisas
Então fui mais belo anteontem
A ciências e suas fórmulas
Como se existisse em fórmula
A mídia e seu rostinho bonito
Eu quero da beleza a súmula
E não buscá-la em vitrines aflito
Sugando a beleza, a jovialidade, a hombridade
Beleza não está em liquidação
Mas está em promoção logo ali na esquina
Diante do bonito não há ação
Só valorização
Mas aqui as coisas se desvalorizam tão rápido
Eu quero da noite a adrenalina
Caminhando pela vitrine
Talvez amanhã não esteja mais aqui
Porque beleza cansa
E algumas vezes você se engana com o rótulo
Talvez a beleza não esteja nem aqui
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