Estão todos no escuro
Apenas escondidos atrás de muros
Não é preciso de luz
Todos de joelhos praticando a mesma oração
Atrás da próxima ereção
Num contrair e relaxar de um tremendo frenesi
Apenas diga que sim
Onde a quantidade é o que menos importa
E a vergonha deixa-se na porta
Onde o sexo tem cheiro, é molhado e até desprevenido
Onde nada é banido
Onde come-se com os olhos mesmo sem enxergar
Não vá devagar
Sem se programar
A um passo do quarto
Ou saia dali deixando guardado o ato
Pague o corpo em liquidação parado na porta
Ou vá pro chuveiro pra se preparar pra próxima ação
Apenas pra mostrar que a carne não está morta
Todos juntos numa mesma fornicação.
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