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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Apartamento 302



Sai as quatro do trabalho
Passei no supermercado e comprei alho
Para o almoço que a esposa prepararia amanhã
Veio a vontade de fumar e corri para a minha artimanha
Beber! Beber! Beber!
Já estava há 20 dias sem fumar
Lembrei das contas a pagar
Do filho da puta do patrão que tenho
Que me dá um salário que dá malmente pra viver
Lembrei da esposa que estava grávida me esperando certamente
De gêmeos pra ferrar francamente
De repente me dei conta de olhos verdes me observando
era bonito alto e um sorriso que sem pedi tinha me excitado
Paguei a conta e mandei os 20 dias pro inferno
Comprei o cigarro ao sair e do vício me tornei subalterno
Sem pedir os olhos verdes também saiu e começou a me seguir
E ele piscou pra mim sem ao menos ter alegado
Decidir dá o comando
Parei.
 Ele chegou até mim e disse vamos ali
Gelei estava com grande volume nas calças
Sem perceber comecei o acompanhar pelas calçadas
Entrei no prédio, subi ao apartamento, pensei que não ia conseguir
Um beijo ávido até descer a minha calça e com a boca me fez gozar
Me pôs de quatro contra a parede e o fiz gozar
Entrou outro... Outro... Outro... Todos!
Todos os tamanhos... Tantos prazeres
Mais uma rodada me despertou dos afazeres
Era o garçom acabando com os épodos
Os olhos verdes já não estavam mais lá
Já tinam-se passado duas horas
E a vontade de fumar persistia
Acompanhada da vontade de não voltar para casa, pro trabalho
Pra minha vida que sempre mentia
Saio e no caminho para casa me deparo com o prédio da alucinação
Era um atalho
Procuro o apartamento 302 em busca de alguma emoção
Lá estava ele enrolado numa toalha e com o mesmo sorriso excitante
Depois disso não vi mais nada
Apenas gritos e o carro em cima de mim
E aqueles olhos verdes observando e seus amigos disputando a janela
Para ver o meu fim.


Cinzas.

O que faz você aqui?
Tão perto de mim
E do fim tão próximo
Onde as palavras se desencontram
E o tesão se entristeceu
Onde as brigas foram levadas ao máximo
Onde as dúvidas se comprovaram
Onde meu querer já não batia mais com o seu
Aventura e desejo duelaram com a hipocrisia e a resignação
Onde os nossos corpos se anularam ao breu
Aos nossos corpos frios já sem nenhuma reação
Pra que tudo cinza?
No lugar das risadas resta a mágoa
Amaldiçoada alma que fere o que  mais ama
A mais pura e singela palavra chamada amor
Adormece aventureiro na cama
Ou em busca no fundo da lagoa
Deite-se com outros cavalheiros e me livra
De todo seu amor.

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