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sábado, 20 de novembro de 2010

Recomendo: O quinze

Nesse mês a autora Rachel de Queiróz completaria 100 anos. Ela morreu em 2003 aos 93 anos. Foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de letras, e vendo um especial na Globo news me lembre do primeiro livro que li dela.
Em O quinze, primeiro  romance de Rachel de Queiroz, a autora exprime intensa preocupação social, apoiada, contudo, na análise psicológica das personagens, especialmente o homem nordestino, sob pressão de forças atávicas que o impelem à aceitação fatalista do destino. Há uma tomada de posição temática da seca, do coronelismo e dos impulsos passionais, em que o psicológico se harmoniza com o social.
A obra apresenta a seca do nordeste e a fome como conseqüência, não trazendo ou tentando dar uma lição, mas como imagem da vida. título se refere a grande seca de 1915, de que Rachel de Queiróz tanto ouviu falar na infância.
A trama se dá em dois planos, um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora.
Conceição é apresentada como uma moça que gosta de ler vários livros, inclusive de tendências feministas e socialistas o que estranha a sua avó, Mãe Nácia - representante das velhas tradições. O período de férias, Conceição passava na fazenda da família, no Logradouro, perto do Quixadá. Apesar de ter 22 anos, não dizia pensar em casar, mas sempre se "engraçava" a seu primo Vicente. Ele era o proprietário que cuidava do gado, era rude e até mesmo selvagem.Conceição convence Mãe Nácia a partir. Vicente quer ficar, salvar o gado. Dona Maroca manda soltar o gado. Chico Bento vende as reses e parte com a família. Chegará à Amazônia? Não consegue as passagens e vai indo a pé. Um retirante em meio à seca. A fome e o cangaço. Este é um drama da terra.
Excelente livro para refletir sobre as diferenças regionais do nosso país, a partir dessa leitura entendemos um pouquinho mais sobre o regionalismo e principalmente sobre a seca que há tempos assola o nordeste. O romance não vivido por Conceição e Vicente foi que deixou a desejar pois os argumentos para eles não se relacionarem eram fracos e não convincentes. O melhor do livro é que ele não teve desfecho e dessa forma nos permite usar nossa visão, romantica ou realista, de vida para dar continuidade a história dos personagens.

Quero você! - Capítulo I

III

1985.

Logo já estava eu com oito anos e não era mais aquela criancinha que corria pela casa e nem o menino de olhos castanhos cheios de curiosidade, afinal tinha descoberto o mundo. Como eu era bobo, mal sabia eu que o mundo de possibilidades  não tinha se aberto diante dos meus olhos.
Faltei apresentar meus irmãos Lúcio, que já se encontrava no alto dos seus 11 anos e Clara ainda com os seus 6 anos. Lúcio passava a maior parte do dia jogando bola, sua paixão e Clara ainda estava na fase dos olhos cheios de curiosidade e ser o mimo da casa.
Lúcio amanhã iria fazer um teste na escolhinha para entrar no time, e o meu pai o cobrava para que obtesse um bom resultado.
As 19 hs como era costume lá em casa todos já estavam a mesa para jantar.
-Gostou da boneca Clara?
-Gostei tia.
-Está paparicando muito essa menina Rita. -fala Fausto -Lúcio vai treinar mais um pouco lá fora fora antes de dormir.
-Mas já treinei a manhã toda.
-Treine mais ora.
Lúcio se levanta.
-Lúcio termine o jantar. -fala Rita, mas Lúcio se retira ao olhar para o pai e sem falar nada, Rita se vira para Fausto -Você não pode impor os seus sonhos frustados em cima do menino. Se ele não quiser ser jogador de futebol?
-Ele vai ser jogador de futebol. Deus há de querer! Eu vou ver o treino dele, ele é muito macetoso.
-Deixo que eu lavo a louça -Se candidata Lourdes.
Lourdes vivia lá em casa e depois da morte de mãe não arredava os pés de lá, ficava o dia todo em casa.
-Sabe o Valdir, o menino da escola de Bíblia, foi expulso da igreja e da congregação.
-Por que mãe? -Pergunta tia Rita.
-Descobriram que ele namora um rapaz rua de trás. Uma pouca vergonha.
-Nossa um menino tão bom. -Lourdes.
-O Diabo minha filha, tenta...tenta, temos que estar alertas. Do que adianta ser tão conhecedor da palavra se não a coloca em prática? Deus me livre e guarde de ter essa desonra na família. Prefiro ter um neto marginal morto do que um neto que dê pra viado. Que leva o nome da família na lama junto com ele.
Aquelas frases da minha avó não saíram da minha cabeça. Valdir teve que sair da cidade, ir para o interior.
Ele levou uma surra de alguns rapazes, e a família está envergonhada com as atitudes dele. Era um rapaz bom, ensinava a palavra, sabia todos os cânticos, doutrinava, escrevia versos falando de Deus, e sempre tinha uma palavra acolhedora para quem quisesse ouvir. Mas todas essas qualidades desapareceram quando souberam que ele gostava de rapazes.
Era como se fosse uma doença, nem poderia se comentar nos lares sobre o assunto.
Mesmo sem compreender o que estava acontecendo eu fui ver ele sair da cidade. Estava com olhos tristes, cabisbaixo, envergonhado e essa cena me tocou e me marcou e eu a partir daquele momento guardei para mim a palavra homossexual.

domingo, 14 de novembro de 2010

Mais uma listinha.

Decidir fazer uma listinha de cenas inesquecíveis de novelas. Amo assistir novela, mesmo que as vezes ela não eduque. Como sempre gostaria que quem comentasse dissesse sua cena inesquecível. Observação: Eu tenho 22 anos, então vão ser das novelas de 22 anos atrás, das que eu assistir, contando até a que passou pelo Vale a pena ver de novo, e a numeração não significa ordenamento.
01.
Essa cena foi uma grande sacada de João Emanuel Carneiro, e Patrícia Pillar arrasou no papel, uma das melhores novelas, pareceu até filme terror, uma grande inovação.

02.
Essa cena foi muito tocante, parabéns a Carolina Dieckman que se entregou a essa cena.

03.
A personagem de Mulheres apaixonadas virou simbolo da luta da violência contra a mulher.

04.
Catarina de A Favorita, selecionei duas cenas, uma em que ela apanha de Leonardo e outra que ela said e casa, Lilia Cabral pra mim é a melhor atriz junto com Glória Pires no Brasil hoje em dia. Ela faz uma cena que se nota a entrega dela para a personagem, você não vê a atriz e sim personagem, a mesma coisa que aconteceu com Patrícia Pillar com a sua Flora.


05.
Alinne Moraes, pela sua personagem Luciana, essa cena é tocante demais, e ela tem sido um grande presente na atualmente nas novelas.

06.

O acidente de Maysa, eu não conhecia essa cantora, e acho que muitos jovens como eu também, e me apaixonei pela microssérie, a atriz Larrissa Maciel é parecidíssima, e na cena do acidente você fica com noção clara que está vendo a própria cantora. Obrigado Manoel Carlos por esse presente.

07.
A morte de Fernanda em Mulheres apaixonadas, me lembro que essa cena foi muito esperada, e o resultado saiu excelente.

08.
Isabel apanha da mãe, a globo sempre revela grandes talentos, e nessa cena ficou pau a pau em talento.

09.
A nudez de Angela Vieira em Ciquentinha, sem comentários, a mulher estar em forma.

10.
Laura apanhando de Maria Clara, gosto muito das novelas de Gilberto Braga, e ele que começou ( me corrijam se estiver errado) em castigar vilões antes da final da novela.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Releituras- Curtas urbanas.

Hoje com a modernidade os filhos têm que se conformar com o divórcio dos pais. Até aí "tudo bem", mas quando você já é crescidinho o que fazer? É isso que está acontecendo com Glauber, a mãe vai morar com ele, só que Júlia detesta a sogra e vice-versa.


Visita indesejada.

Júlia chega em casa e encontra a sogra no sofá assistindo TV.
-Boa noite querida!
-Boa noite... -ela chama Glauber com os olhos -O que é isso?
-Mamãe vai morar com a gente, meus pais vão se separar.
-E você não me avisa nada.
-Ela bateu na minha porta há uma hora, e seu celular só caia na caixa de mensagem.
-Eu fui assaltada Glauber!
-Jura? Não roubaram os cartões de crédito não né?
-Eu acabo de dizer que fui assaltada e você não me pergunta se me machucaram, onde foi.
-Nessa idade você já deveria estar acostumada com isso.
-Não quero ela aqui.
-Fala baixo.
-Ou a sua mãe ou eu. Se ela dormir aqui você não dorme comigo.
-É minha mãe! Quer que eu a expulse da minha casa.
-Se vira mané.
Ela vai se dirigir ao quarto.
-Querida prepare uma sopa pra mim. Mas não faça igual ao seu macarrão que parece folião do Chiclete com Banana, tudo unido.
-Ta querida. -sorrir, se vira para Glauber - Vou botar água sanitária na sopa.
-Querida o que aconteceu com os seus seios? Um ta maior que o outro. Mas uma coisa continua a mesma coisa, o seu estrabismo.
Júlia vai abrir a boca.
-Não. -Glauber.
Ela fecha os olhos.
-Tolera Júlia... Tolera. -ela entra no quarto.
Na mesa.
-Quem comeu o meu patê? -Júlia pergunta.
-Mamãe comeu.
-Eu comprei ontem 500 gramas de patê e ela devorou hoje em menos de 2 horas.
-É que eu estava comendo com biscoito querida. Quando vi acabou. E Glauber disse que era seu. Mas posso garantir que estava uma delícia.
-Você está com meus brincos.
-Combina mais comigo do que com você querida.
Ela fala no ouvido de Glauber:
-Vou na casa do seu Alaor, para que ele tire a vaca da esposa dele daqui de casa.
Ela vai se retirar.
-Vai aonde querida?
-Pro inferno! -bate a porta.
Na casa do seu Alaor, ele passa um creme para deixar o corpo hiper sensível ao toque, e passa bastante naquele sujeitinho entre as pernas. Ele está nu, toca a campainha. Ele coloca a toalha e abre a porta e Júlia o abraça chorando.
Ai Glauber está arrasado com a separação de vocês. Eu achava o casamento de vocês tão lindo. -soa o nariz num paninho.
E o senhor Alaor com os olhos fechados.
-Ai senhor Alaor você está bem? O senhor está tendo uns arrepios. -ela o larga.
-Licencinha.
Ele se tranca no banheiro, tira a toalha e vai de encontro com a parede.
-Ai... Ui! Ah... Ah...Arh!
Júlia bate na porta.
-Senhor Alaor o senhor está bem? Coitado está com dor de barriga, deve estar comendo super mal.
Meia hora depois.
-Não volto pra aquela jararaca, àquela mulher é um cão.
-Quanto você quer para recebê-la de volta? Ela tem 64, deve viver até os 70, no máximo 80. Custa viver com ela mais um pouquinho pela minha paz.
-E a minha onde fica?
-Esquece esse papo de novo amor. Mulher é tudo igual, na primeira noite diz que te ama, na segunda é indiferente, na terceira quer te ver morto. Mulher e igual menstruação querido quem não tem diz graças a Deus e quem tem quer se ver livre.
Em casa, Júlia e Glauber na cama.
-Ele está irredutível, disse que não volta.
A sogra começa a roncar.
-Ai já não bastasse não transarmos, ouvir as aventuras sexuais dos nossos vizinhos do apartamento de cima, ainda ouvir roncos da sogra. Eu devo ter cuspido na cara de Cristo na Santa ceia.
Ao amanhecer Glauber levanta e encontra Júlia consolando a mãe dele que está chorando no ombro dela.
-Ele me trocou por uma menina de 22 anos, ele tava dando até moradia a ela...
Quando volta do trabalho encontra as duas conversando como velhas amigas.
-Olha Glauber o que sua mãe está me mostrando, fotos da sua infância. O pintinho continua o mesmo, pequenininho. - vira-se para Suely -Não faz nem cócega.
-Eu conheci o Alaor numa festa, eu era meia riponga, tinha fumado umas e ele também curtia e aí fomos pro mato. Ele falava cada sacanagem no meu ouvido. -da risada.
-Tudo que eu mereço agora é ouvir a vida sexual dos meus pais. A senhora quer me traumatizar? Eu fui gerado sobre o efeito da maconha.
-Ta explicado Glauber porque você é meio lesadinho. -Júlia.
-Ah me lembrei de uma coisa. Um dia, ele com nove anos, encontrei ele no quarto com a pauzinho dele dentro da bota.
-Você se masturbava com botas Glauber?
-Ele era viciado, chegou até a furar uma. Mesmo ele com 16 anos ele continuava se masturbando com as botas, eu nem usava mais, porque metia o pé dentro e sentia logo aquela merda.
-Chega! -Glauber
-O que foi querido? - a mãe.
-Está explicado agora porque você não transa mais comigo, você gastou todo os eu vigor sexual com as botas.
-Tinha uma com estampa de onça que era a preferida dele, tinha salto longo e fino. Não me pergunte o que ele fazia com o cano longo fino da bota.
-Glauber você não anda comendo minhas botas não né?
Ele fica calado.
-Só faltava essa eu ser traída com as minhas próprias botas caralho!
-Se eu não me engano ele quando casou com você ele levou a Gertrudes.
-Ainda você dá nome às botas Glauber? Eu pensando que eu era a pervertida porque queria transar com todos os meninos da minha sala. Eu casei com um comedor oficial de botas. Glauber que nome você colocou nas minhas botas? Amanda... Luísa... Dafne, Margareth.
-Eu não faço mais isso.
-Por acaso é essa aqui? -ela com uma bota na mão e uma tesoura.
-Não, não faça isso. Você não pode ser tão má, Gertrudes não lhe fez nada.
-Ou é Gertrudes ou sou eu.
-Eu se fosse você não faria essa pergunta, talvez você não goste da resposta.
Toca o telefone.
Glauber atende, silêncio. Ele desliga.
-Papai sofreu um boa noite cinderela e está internado.
Glauber volta do hospital sem a mãe, Júlia estava o esperando.
-Voltaram.
-Graças a Deus.
Senta-se no sofá ao lado dela.
-Uma das botas se chama Júlia.
-Você deu o meu nome para uma delas?
-É que só penso em você.
Beijam-se e no sofá mesmo fazem...

Todas as coisas


Preciso dizer que te amo
Mas me faltam palavras
Então decidir os versos para demonstrar que te amo
Eu estava sozinho, sem ninguém
Você veio sem receios para demonstrar suas qualidades e defeitos
Como posso gostar tanto de alguém
Que malmente conheço, mas parece que é feito da mesma carne
Mesmo olhar, mesmo ar... Explica
Não ria dos meus versos mal feitos
Pois não resisto ao seu sorriso, me desarmo
Com você não olho para trás
Sem você não estou em paz
Com você nada se complica
Você é a solução de tudo que sempre busquei
Quando brigo com você eu sinto uma dor tão grande no peito
Que só você cura
A cura do meu tédio, das minhas desilusões
Com você consigo seguir mais a frente
Mesmo que nosso amor seja denominado diferente
Mesmo depois de todas as prisões
Mesmo que tentem fazer eu esquecer do seu jeito
Eu quero esquecer tudo e dormir sobre o teu peito
Fica comigo, jura
Não ouvir a todos, fiquei
E mesmo que seja complicado, você é o que simplifica
Todas as coisas me levam a você
Se isso não é amor eu não sei o que pode ser.

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