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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Íntimos -Capítulo 1.



Júlia Staun, 13 anos -2003.

Um homem sai do banheiro de toalha e dá de cara com uma menina só de calcinha em sua cama.
-O que você está fazendo aqui?
-Vim ver você.
-Por que está assim?
-Tô bonita?
-Volte pro seu quarto e tire essa maquiagem. Eu vou vestir alguma coisa.
-Minha irmã não merece você, ela é estéril, seca, não come nada, fútil, não chupa o seu pau. Eu chuparia o seu pau. -deita na cama de bruços.
-Levanta daí! - ele a puxa e a tira da cama e a leva pro banheiro.
Lava o rosto dela e tira a maquiagem dela, mostra o rosto dela no espelho.
-Você é uma menina. Uma menina! E os problemas que eu tenho com a minha esposa não te interessa. Eu a amo.
Saem do banheiro, ele abre o armário e joga uma camisa pra ela.
-Veste isso. Acabou a brincadeira.
-Eu sei fuder... Eu sei que você me olha e eu sei que você está excitado.
-Pára com isso garota! Me desculpe, você entendeu tudo errado.
-Eu tô no período menstrual. -ela deita e ele olha os pequenos seios dela -Eu sei que você guarda as camisinhas naquela gaveta. Eu deixo você me pegar por trás, como minha irmã não deixa.
Ele senta na cama. Ela fica por trás dele e mexe nos cabelos dele, alisa a barba dele.
-Você não sabe o que está fazendo. Eu te vi crescer. Não faz isso.
-Eu não vou fazer nada que você não queira. -fala no ouvido dele.
Ela se abaixa e ele fecha os olhos.
Júlia tem 13 anos, cabelos castanhos, magra, um pouco baixa pra sua idade, olhos castanhos seguros, boca de mulher, seios em formação, sobrancelhas inquietantes, dona de um vocabulário de deixar qualquer puta ruborizada. Menina diferente das outras, ou menina igual às nossas meninas.
Menina de classe média alta, estuda em um excelente colégio, próximo de casa. Onde não há assaltos, pessoas mortas no asfalto, gente dormindo em passeios públicos, esmolas, putas em esquinas e gente vendendo bugigangas ou droga por uma bagatela.
Filha de Laura Staun e Roberto, casados há 16 anos, porém nem se lembram mais do fato, não sabem porquê mantem o casamento, se é por conveniência, pra não dá satisfação a família, aos amigos, ou pela filha. Mas acredito que seja por não notarem a presença de um do outro na vida de cada um, por se encontrarem pouquíssimas vezes na semana, mesmo morando na mesma casa, mesmo dividindo a mesma cama, devido talvez à imensidão da casa, ou das tarefas do dia-a-dia, ou fugindo mesmo de qualquer discussão sobre a mesa, ou sobre a cama.
Acho que Laura pra não se sentir sozinha ou pra compartilhar as suas futilidades aceitou a  irmã Paula em casa. essa foi ficando na casa depois que ela voltou da Europa por um motivo desconhecido, e por não achar aposentos à sua altura, aceitou o convite da irmã, mais pra testemunhar a despedaçada família, ou por sua vida não ser tão interessante, já que não tem filhos, emprego, marido, empregados, até a roupa que veste, não é dela.
Por último Sílvia e o marido Jarzis. Ela é a irmã mais velha de Júlia e também a única. Ela é o filho que não veio, filha modelo, sempre serve de comparação. batalhou muito pra conquistar a confiança do pai em trabalhar nos negócios dele, tudo por ele achar que mulher não serve pra isso. Apesar de todos acharem ela a mais sensata da família, todos acham que foi um erro ela casar com Jarzis, homem de origem duvidosa, curador de um museu de arte, que chama atenção unicamente por sua beleza. Todos dizem que formam um casal bonito, mas pelas costas falam da criança que ainda não veio, mesmo casados já há 10 anos. Uns dizem que ela é estéril, ou que eles não querem, ou culpam o jeito metódico dela e o jeito desleixado dele.
Laura, Paula e Sílvia chegam em casa dando risada.
-Silêncio, Júlia já deve estar dormindo. -Laura.
-Eu estou exausta, vou subir pro meu quarto. -Sílvia.
-Deveríamos ir mais vezes aquele restaurante. Música boa, gente interessante e o melhor de tudo, cuba libre. -Paula fala dando risada e pega uma garrafa de Whisky.
Sílvia sobe e encontra Júlia sentada encolhida na cabeceira da cama de cabeça baixa. Jarzis sai do banheiro enxugando o pau e ao ver a esposa no susto coloca a toalha. Júlia levanta a cabeça admirando a cena.
-O que significa isso?
-Eu posso explicar! Calma!
-O que ela faz na nossa cama? E você desse jeito. Meu Deus não tem explicação isso! - chorando.
Júlia se perguntava porque estava achando interessante ver a irmã descontrolada e Jarzis não conseguindo explicar algo tão natural quanto o sexo, o tesão.
-Me larga! saia da minha frente, saia da minha vida!
-Me desculpe, vamos conversar.
-Saia do meu quarto menina.
Sílvia pega Júlia pelo braço e a tira do quarto e bate a porta.
-O que está acontecendo aqui? -Laura -Paula desce com Júlia -ela começa a bater na porta -Sílvia abre a porta. Que bate boca é esse?
Alguns minutos depois, Laura desce e vai falar com Júlia, se abaixa a altura dela, já que ela está sentada na poltrona.
-O que ele fez com você minha filha? Ele te forçou a fazer alguma coisa que não queria? Conte pra sua mãe.
-Eu quis fuder com ele.
-Onde você aprendeu a falar desse jeito? E desde de quando você faz isso?
-Eu faço sexo já algum tempo, coisa que você não faz com papai já algum tempo, por isso que ele tem amantes, aliás quero ser amante.
-Meu Deus essa menina está possuída! -Paula exclama.
-Meu Deus o que você quer da vida garota? O que você fez?
-Eu quero fuder com todo mundo que eu queira. -Laura dá um tapa nela -Frígida!
Laura se joga em cima da filha e a poltrona cai com as duas.
-Calma Laura -Paula a segura
Levanta Júlia.
-Peça desculpa a sua mãe.
-Paguei as melhores escolas a essa menina. Pra quê?
-Deve ser esses programas, essas músicas que ela ouve,
-Tia você não tem nada melhor pra fazer não? Eu te ensino. Vá fuder!
-Essa não é minha filha! Trocaram a minha filha na maternidade.
Jarzis desce com as malas e sai.
-Vai ver como a Sílvia está Paula.
Paula sobe.
-Eu posso ir pro meu quarto? A festa parece que acabou.
-Se você pensa que vou deixar você ser o que você quer ser, estar muito enganada.
-E o que você é? Uma pessoa frustada, encostada no marido, incompetente, que dá as mesmas festas para as mesmas pessoas com aquele sorriso que só a senhora sabe fazer só pra sair nas colunas sociais. Até a filha que você quis não saiu do seu jeito? Como se sente?
Laura chorando, se levanta e de costas pra filha fala:
-Você me odeia, só pode.
-Pelo contrário, eu te amo, é por te amar que digo essas coisas. Eu não quero que você se engane dizendo que com isso é feliz.
-Arrume as suas malas, amanhã você vai para um colégio de freiras. Quem sabe o que te falta seja ouvir a palavra de Deus. -se vira pra filha.
No dia seguinte ela foi pro internato, porém como a mãe temia não ficou muito tempo.
Ela abre a porta era a madre com a sua filha.
-Vai pro seu quarto. - Júlia sobe com a mala. -Sente madre.
-Sinto muito não podemos ficar com a sua filha, ela é má influência para as outras internas.
Laura chorando.
-Ela fala palavrões que eu desconhecia, fala obscenidades para as outras meninas, não respeita a nossa autoridade, as normas. A pegamos... Eu nem sei como falar isso, se masturbando com um crucifixo.
Depois ela vai falar com a filha.
-O que faço com você? Eu não sei mais... Por que você não é como as outras meninas? Acabou Júlia! Amanhã eu te mando pro fim do mundo, o sítio da sua avó e você só volta de lá quando mudar o seu comportamento. Porque eu não quero filha que dê pra puta, nigrinha ou sei lá que você esteja planejando pra sua vida.
E assim foi feito, Júlia viajou para o sítio da avó de 92 anos. Não tinha nada lá, só uma infinidade de terras, de mato, de bichos, tudo muito monótono. Era a avó que era surda, era o céu que era sempre azul sem nuvens. Ela foi cada vez mais odiando aquilo ali e gostando menos da família que a prendia a aquilo tudo que ela odiava.
A fazenda tinha empregados, mas nenhuma palavra, era um mundo silencioso e tedioso. Assim pra passar o tempo ela começou a parar e se conhecer, conhecer o seu corpo  cheio de tricks tricks e grilinhos, e soltava gritinhos a noite, acordava molhada de dia. Ou passeava com os olhos os corpos dos empregados. Gostava de subir na árvore e roçar o seu jardim propositalmente no tronco, sentindo aquilo por entre sua pernas, abrindo a boca, mas tentando calar os gritinhos noturnos. E para o azar da família ela foi gostando da liberdade, de ser livre, da natureza, de se conhecer. E assim ela conheceu Darci, filho de algum empregado.
-O que está olhando?
-Os seus pêlos saindo pelos cantos da calcinha, que é bonita por sinal.
-Você é safado já disseram?
-Não, falo com poucos, porque sou filho da empregada.
-O que está fazendo?
-Metendo o meu pau no buraco da árvore, é bom.
-Você é virgem?
-Não, já comi uma cabra e o meu  me levou até uma puta da cidade. E você que não é daqui, é da cidade. Já perdeu?
-Já transei com 22 pessoas, inclusive meu tio. Eu sei chupar pau.
-Eu sei provocar os seus gritinhos noturnos.
Eles vão pro estábulo, deitam e dão risada.
-Você geme igual a uma puta.
-Isso é um elogio?
-Não sei, depende como você interprete.
-Acho que vovó já tá morta naquela cadeira de balanço. - dão risada.
Ele faz um cigarro.
-Quer? Eu te ensino. É assim que se traga.
Ele dá risada vendo ela não conseguindo.
-Cuidado pra não botar fogo aqui.
Ela se vira pra ele.
-É verdade que você comeu uma cabra?
Ele balança a cabeça dizendo que não
-E verdade que você fudeu com seu tio?
Ela balança a cabeça dizendo que sim. Eles dão risada.
-Por que não podemos ser o que queremos?
-Porque a felicidade incomoda, dá medo. É mais fácil fingir que é feliz ou ser infeliz entende.
 Eles se deram as mãos e olharam pro céu.


-








sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Vagabunda.




Ela é a noiva que não foi convidada pro seu próprio casamento
A moça que não participa de reuniões familiares
A mulher que nunca foi beijada
A mulher sem cor, sem nome, sem nada
A vida dela não é só lamento
Pode até vê-la aí pelos bares
Pronta na esquina pra ser desejada
Sabe fechar as pernas quando é necessário
Pegá-la por trás é mais caro
Mete a boca sem receber ordem
As roupas já a denunciam
Ela já esqueceu do seu próprio aniversário
Ela faz isso pra dá amparo
Todos os dias tudo lhe agridem
Todas as suas qualidades num pedaço de papel não caberiam
Ela é anunciada sem passar batom
Dá hora extra depois do plantão e expediente
Está no banheiro drogada e infeliz
Todas as medidas, todas as cores, todos os valores
Dá por necessidade, distração, ambição  muitas vezes sem estar consciente
Se encontrá-la no sinal vermelho o que me diz
Ela perdeu todos os pudores
No seu corpo todos os odores
Ela é a universitária bonitinha
A moça que esconde o rosto
A menina que deixou as bonecas
A mulher que passou da idade
A mulher com pau no meio das pernas
A mulher que está com seu marido enquanto você está na cozinha
A mulher que esqueceu na cama o gosto
Que já passou da hora de tirar a sua soneca
Tá aí pela cidade
Caminhando com as suas próprias pernas.


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Ódio a Pedro.



Pedro nasceu como todas as crianças
Cresceu como todos os adultos procurando seus iguais
Construindo a duras penas alianças
E criando inimigos fatais
Que não faz parte dos seus iguais
Que não enxergam coisas normais
Mate o Pedro!
Apedrejem Pedro!
Ele chupa paus
Frequenta e faz coisas nojentas em banheiros
Se agarra a outros imorais
Usa todos os seus projetos anais
Talvez esconda da mãe os seus passeios estribeiros
Pedro não é entendido
Pedro só busca ser fodido
Não tem religião
Está mal visto aos olhos de Deus
E bem vestido perante os seus
Mate o Pedro!
Esfaqueiem Pedro!
Ele não é gente
A sua cidadania é forçada, escondida
Não tem medo da coisa proibida
Sem estar diligente
E não se compreende por estar contente
Mate o Pedro!
Dêem uma surra nele!
O ensinem a ser homem
Onde a fisiologia é o que menos importa
Ele não se comporta
Os olhares voltam-se pra ele
Mate o Pedro!
Queimem Pedro!
Ele é de qualquer um
Não tem rumo
Não toma prumo
Não é nada, ninguém
Por isso não imprimo sentimento algum
Talvez o próprio Pedro não compreenda
O ódio sem ter feito algo a esse alguém
Muitas vezes sem rosto
Sem conhecimento
Que não entende
Que Pedro não quer a morte
Que Pedro na verdade é forte
Apesar que não entenda
Mate o Pedro!
Mate o  preconceito!
Mate o ódio a Pedro!
Pedro também morrerá um dia como todos
Pedro tem direito a vida como todos
Não mate o Pedro
Não o mate
Não mate
Mate!



Room.



Estão todos no escuro
Apenas escondidos atrás de muros
Não é preciso de luz
Todos de joelhos praticando a mesma oração
 Atrás da próxima ereção
Num contrair e relaxar de um tremendo frenesi
Apenas diga que sim
Onde a quantidade é o que menos importa
E a vergonha deixa-se na porta
Onde o sexo tem cheiro, é molhado e até desprevenido
Onde nada é banido
Onde come-se com os olhos mesmo sem enxergar
Não vá devagar
Sem se programar
A um passo do quarto
Ou saia dali deixando guardado o ato
Pague o corpo em liquidação parado na porta
Ou vá pro chuveiro pra se preparar pra próxima ação
Apenas pra mostrar que a carne não está morta
Todos juntos numa mesma fornicação.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Nada da vida



Não me ensinaram a viver
Não disseram pra mim que magoaria pessoas
Que a vida não seria só feita de coisas boas
Que muitos momentos dela choraria
E nem todos os meus sonhos nela caberia
Que mentiria outras tantas vezes com receio da verdade
E que amigos verdadeiros seriam raridade
E que teria que buscar a satisfação no trabalho, na cama no dia-a-dia
Me disseram que não poderia me perguntar da existência de Deus
E se ele estava em todas as coisas não podia
Que não teria só que me dá com os problemas meus
Que estaria no inferno apenas por amar alguém como eu
Não me ensinaram a rezar pra saber se alguém ouve minhas preces
Que me julgariam pelo que eu aparento ou como me visto
Sendo que na verdade não preciso nada disto
Que teria que me encaixar em algumas orientações politicas, sexuais, musicais
Errar tinha que ser escondido devido a moral
E outras seriam normais devido a ser cultural
Teria que me apaixonar tantas vezes ou apenas achar
E outros seriam apenas momentos banais
Que teriam erros que adoraria repetir
E outros que gostaria de voltar o tempo pra consertar que infelizmente vão me acompanhar
Que aprenderia tantas coisas
Que me assustaria com outras tantas coisas
Talvez eu nunca aprenda a viver
São tantas perguntas que tenho que conviver
Tendo momentos só meus para me entristecer
A espera de um cavaleiro para dançar
E a frente o futuro do que não se sabe que assusta
E mesmo assim uma vontade grande de viver que nada custa
Mesmo que não saiba nada da vida
Mesmo em alguns momentos ela te deixe dividida
Não sabendo nem como se deve morrer
A graça estar em não saber nada
Apenas viver



terça-feira, 15 de outubro de 2013

FIM.



Não me acostumei com o fim
Com o acabado, o terminado, o que passou
Porque sempre leva um pouco de mim
E assim vou pendendo pra um lado
E assim vai se desconstruindo uma parte do que sou
Porque sou feito de amores, de amigos, de parentes
É difícil encontrar a essa situação algo adequado
E encontro nas memórias algo que alimente
A falta, o vazio, a perda
Não estou preparado pra deixá-lo ir
Não estou preparado para o fim
Eu pensei que era pra sempre sem aludir
Talvez se anunciasse para os quatro cantos
Mudasse os planos para não ser assim
Continuaria as risadas, beijos, abraços e broncas de cada dia
E não a distância de projetos, trajetos, amores de vida
E assim a vida vai perdendo seus encantos
Pra ser substituídos pro outros encantos soltos pela avenida
O físico se ausentou
O afeto persistiu
Aumentou
As vezes não temos noção do tamanho dele ou que existiu
A distância pode durar dias, semanas, anos
Trabalhos, famílias, conquistas, derrotas
Mas ela também tem fim
E um dia vamos reencontrar os nossos amigos, nossos amores, nossos parentes
E aí não precisará de palavras, de algo físico ou demonstrativo
Só bastará estar contigo
Pode crer na verdade tudo isso não é o fim.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Entre 5 e meia noite. -Cap. 1.



-Que horas sai o próximo voo para Nova York?
-As 15:00 senhora.
-Quatro passagens. -entrega o dinheiro.
A moça olha para a senhora e seus filhos, ela era loira, de olhos azuis, alta nos seus 35 anos, com várias sardas no ombro, com uma filha adolescente com cabelos loiros , mais escuros do que a da mãe, alta com os seus 15 anos. Os outros menores, um de 10 e outro de 6, o menor loiro, espevitado, e o de 10 anos  carregava uma bombinha para asma, tinha cabelos castanhos claros, meio gordinho, tinha uma pele meio rosada, enquanto o caçula um branco palídico.
A moça olha o nome da senhora no passaporte, vera Cláver.
-De onde o sobrenome?
-É um sobrenome catalão.
Ela olha o nome das crianças, a mais velha Christina e o do meio Afonso, o mais novo Miguel.
-Aqui.
-Obrigada.
-Boa viagem.
Eles sentam na área de espera e Vera leva as malas e pede ajuda pra colocar um baú na esteira de embarque.
-Pesada. -o homem rir carregando com ajuda de mais um.
-´´E chumbo senhora.
-Mais ou menos. Obrigada. -ela agradeceu aos homens.
Ela volta pra perto das crianças, pega o celular e faz uma ligação.
-Alô... Você tem certeza que o baú tem como passar?...Assim espero, confiarei em você. -desliga.
-Vai demorar muito mãe? -Miguel.
Já já, vamos entrar no avião. -sorrir.
O sorriso sai do rosto ao ver dois homens em frente procurando algo ou alguém. Ela se vira de costas, a filha se levanta e segura na mão da mãe.
-São eles né mãe.
Se vira pra filha, colocando a filha de frente pra ela, olha pros homens.
-Olhe nos meus olhos, preste atenção, não saia daqui. Eu vou ao banheiro. Cuide dos seus irmão.
Ela sai e entra no banheiro. Ela lava o rosto, se refresca, tira o casaco, dobra e coloca sobre o ombro. Olha pro espelho, fica olhando pros seus olhos azuis, se perdendo no passado diante do espelho.
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-Acorda dorminhoca.
O homem que subiu na cama com uma bandeja e a beija.
-Trouxe algo pra você comer.
-Se dependesse de mim não sairia dessa cama. -ela alisa a cama e os dois dão risada.
Ela deita, ele olha pros olhos dela, a beija, passa a mão pelo cabelo e rosto dela.
-O que foi?
-Eu te amo, não deixe nada o que acontecer você esquecer disso.
-Eu também te amo.
Ela olha o relógio digital, mostrava 17:00.
-Eu vou tomar um banho.
-Por que não foi trabalhar hoje?
-Folga.
-Pensei que não folgava, ultimamente andava trabalhando tanto.
Ela se levanta, veste o roupão e penteia o cabelo. Senta na cama, come um biscoito.
-Crianças se arrumem, vamos ao mercado. - fala bem alto.
Se levanta e vai até a porta do banheiro e ver o marido tomando banho.
-Vai sair?
-Vou resolver um negócio. -desliga o chuveiro e começa a se enxugar.
-Vai precisar do carro?
-Não, pode levá-lo.
Ele a puxa pra ele.
-Você ainda tá molhado?
-Eu sei. - a beija.
Alguns minutos depois, eles descem, ela tira o carro da garagem.
-Bora crianças.
Ela olha pro marido.
-Tchau pai. - as crianças o abraçam.
-Te amo.- fala ele.
-Te amo. -ela fala e entra no carro.
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Ela toma um susto ao ver que alguém entrou no banheiro e se tranca e sobe em cima de um vaso. Ela ouve passos de alguém caminhando e portas se abrindo. Ela começa a suar  e quase cai, devido ao salto está escorregando. Até que ela ver sapatos masculinos pela fresta da e notar através da sombra que ele está se abaixando pra ver se alguém atrás da porta., mas desiste e sai e ela respira aliviada.
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Ela chega com as crianças no mercado, estaciona o carro e entra.
-Miguel e Afonso não corram.
-Mãe pode levar isso? -Miguel mostrando biscoito.
-Não, besteira não.
Depois ela ver um pacote de lasanha.
-Que tal lasanha? -ela mostra a massa a Christina -Seu pai adora. -coloca no carrinho.
-Os nuggets estão caros. -Christina fala.
-Mãe e isso? Miguel mostrando chocolate.
-Eu já disse, besteira não.
Afonso começa a ter uma crise.
-Filho. Cadê sua bombinha?
-Deixei no carro.
-Christina pega lá. -dá a chave a filha -Você sabe que não pode andar sem ela.
Ela alisa o peito dele.
-Tá passando?
-Precisando de ajuda? -Uma senhora.
-Ele é asmático.
-Aqui Afonso. -Christina.
Afonso usa a bomba.
-Pronto, passou filho. Quer voltar pra casa?
-Não, tudo bem.
O carrinho quase cheio. vera nota que um homem a observando do outro lado enquanto ela coloca as coisas no carrinho. Ela sai do setor de frios e vai pra outro setor e o homem começa a segui-la. Ela para. Ela olha pra ele, ele percebe que ela já notou. Ela coloca as latas de molho de tomate no carrinho. ela começa a mover o carrinho e o homem também.
-Filhos não se afastem de mim.
-O que foi mãe? -Pergunta Christina.
-Nada.
Ela olha pra trás e ele não está mais a seguindo, no fim do corredor ela se esbarra em alguéme deixa cair umas coisas.
-Desculpa. -ela levanta o rosto, era ele.
Ele a ajuda a pegar as coisas e ela ver a tatuagem na mão direita, duas cordas fazendo um nó.
-Obrigada.
Ela se afasta, ela olha pra trás e ele continua parado.
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Ela sai do banheiro e ver as crianças  tomando refrigerante.
-Eu disse pra você não sai de perto deles.
-Eles foram comigo. E ficaram me pedindo.
Ela vê o painel.
-O nosso voo, vamos.
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Vera vai passando as compras, tira o cartão.
-Não liberado senhora.
-O quê? Tente débito.
Ela digita a senha.
-Nada.
-O pessoal de trás começa a se irritar.
-Tente esse.
Tenta.
-Recusado também.
-Esse.
-Também não.
-Quero falar com o gerente. -ela olha pro relógio no pulso, 19:15.
-Eu vou ter que cancelar a compra.
-Você vai cancelar coisa nenhuma, eu tenho certeza que isso é um engano. essas máquinas erram, dão piti.
-Me acompanhe senhora. -o gerente -O que aconteceu?
-Três cartões meus foram recusados, inclusive o do mercado.
-Você pode ter esquecido de alguma compra  ou pagamento.
-Que compra? Eu não fiz nada. Que inferno! que constrangimento, eu tentei débito também e nada, sendo que tenho 10 mil na conta.
-Calma. podemos tirar a sua fatura nessa máquina aqui e você pode ligar pra central de atendimento do cartão usando esse telefone.
-Obrigada.
Ela usa o telefone.
-O que foi? -Christina.
-Não tem mais dinheiro, foi retirado todo semana passada pelo seu pai.
-Aqui a fatura.
Ela olha, tênis, boliche, corrida de cavalo, clubes, hotéis, spa,   lojas de esporte, uma lancha.
-Tem alguma coisa errada. -ela sorrir -O seu pai vai ter que me explicar isso. -ela liga pra ele -Nada, fora de área. Vamos, me desculpe, pode cancelar a compra.
Ao chegarem no estacionamento, ela vê os pneus furados.
-Roubaram os fios também. -Christina.
-E os vidros estão quebrados mamãe. -Miguel.
-Eu sei filho, Droga. Merda!
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Vera passa pelo detector e é revistada e depois os filhos.
-Pode passar.
Ela na fila para o embarque vê que os dois homens ainda procuram e estão se aproximando. Ela tapa o rosto com o cabelo e suspende a gola do casaco.
Ela consegue entrar e depois os filhos.
-Bem vinda a Company aere United.
-Obrigada.
Sentam na poltrona.
-Eu quero esse lugar. -Miguel brigando com Afonso.
-Meninos parem, fiquem quietos.
-Champanhe senhora? -Aeromoça.
-Não, obrigada.
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-R$ 874,00 senhora o serviço.
-Que bom que deu pra resolver ainda hoje. Vou te pagar em cheque, já que meus cartões não estão sendo aceitos, ok?
-A pessoa que fez isso, só queria te atrasar.
-E conseguiu, já são 22:20.
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-Senhora Vera Cláver?
-Sim.
-Por favor senhora acompanhe esses dois homens.
-O que houve?
-Não estou autorizada a falar.
-Posso levar os meus filhos?
-Sim, eles também vão ter que se retirar.
Já fora do avião, ela passa por um homem e olha pra ele.
-Eles ficam aqui no corredor. E você entra aqui.
Ela lê: Polícia, entra.
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-Droga, agora engarrafamento.
-Eu acho que do jeito que tá chegamos mais de meia noite em casa. -Christina
-Vou tirar do mp3 e colocar no rádio, talvez passe alguma coisa sobre.
-Bee Gees mãe. -Afonso.
-Que porra de Bee Gees! -ela para viu que falou algo que não devia -Perdoa a mamãe, ela só teve um resto de dia difícil, por isso está estressada. Seu pai vai ter que me dá boa explicação pra aqueles gastos exorbitantes. -ela buzina, olha o relógio 23:43.
Uma senhora passa entre os carros e Vera a chama.
-O que houve?
-Tem um homem morto lá na frente.
-Crianças fiquem aqui, eu vou ver o que houve.
Ela sai do carro e começa a caminhar entre os carros, outras pessoas também saem dos carros. Ela começa a sentir uma angústia, está se aproximando do pessoal em volta.
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-Boa noite dona Vera Cláver.
-Boa noite. O que aconteceu?
-Por que não me diz a senhora mesmo.
-Não faço a menor ideia. -sorrir.
Foi encontrado uma coisa muito interessante no baú que você levou. Um corpo... esquartejado. Qual a sua explicação pra isso E a melhor pergunta: De quem é o cadáver?
-Do meu marido, Paulo Cláver. E fui eu que dividir o corpo em 11 pedaços para que cabesse no baú.
O policial olha pra ela  não acreditando em tamanha frieza.
-Ele já estava morto, vocês bem sabem disso.
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-Não! -ela começa a chorar ao ver o marido no chão -Paulo!
Ela passa pelo circulo.
-É meu marido. Paulo não faz isso comigo meu amor, não me deixa. Um médico!
-Ele tá morto. -fala a policial.
Ela se abraça ao corpo como se não quisesse acreditar ou pedindo que a levasse junto com ele.


 



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Espectador.



Delicioso de ver
Sem ao menos você perceber
Estranho saber cada detalhe do seu corpo
Enquanto obtenho prazer no toque sozinho
Em que cada ato seu com a minha mente deturpo
Esquecendo da soma de espinho
Brincando escondido
Viciado na adrenalina derramada
Sem parecer culpado ou arrependido
Por não ter convite pra balada
No silêncio da noite ou no agito do dia
Sem roupa com roupa em que se despe a imaginação
Sem pressa ou com antecedência
Sendo provocado onde não há provocação
Apenas um espectador
Que não se importa se o objeto tem companhia
Se está no ato ou é amador
Desconhecendo a transgressão da pura agressão
Em que sem esse deleite ver a agonia
No qual o mais agonizante é o gozo
Sem testemunhas, sem parceiro, sem gozo.

domingo, 1 de setembro de 2013

Vago.



Não sei se  é a velha música
Que faz me lembrar de você
Talvez só seja uma teoria casuística
Já que não durou tanto tempo
Não era amor
Fomos um pro outro um passatempo
Sem declarações apaixonadas em folha de papel
Sem coisas embrulhadas em datas comemorativas
Não é que eu seja cruel
Já que não correspondemos as nossas expectativas
Mas é que as vezes vem seu rosto em situações banais
E nem sinto falta dos nossos momentos carnais
Pergunto se é despeito já que me esqueceu tão rápido
No outro dia já estava com outro que nem quis saber se era mais bonito
Talvez seja a minha cama vazia
E por me tocar seja inevitável lembrar você entre minhas pernas ávido
Acho que é por não ter havido mais ligações
Eu só sei que essas malditas lembranças tem me deixado aflito
Que me deixam em conflito
Sem entender certas ações
Como essa de lembrar de você
Talvez só seja o tempo vago entre as horas
Ou não ter ainda encontrado alguém em alguma hora fortuita
Pois o nosso encontro foi um acidente entre duas bebidas
E entre outras trocas de saliva
Foi troca de prazeres gratuito
Só basta compreender que tudo que tem início e meio tem fim sem restar dúvidas
Acho que tá na hora de procurar alguma coisa mais produtiva
Sem desperdiçar o tempo vago
Com momentos que não voltam mais
Sem se perguntar se em seus tempos vagos resta alguma coisa de mim

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Por trás do crime. -Cap. 2.



Pedro vai até um estúdio de TV e ver um apresentador reclamando enquanto ocorre a gravação do seu programa. Ele fala que é amigo do tal apresentador e aguarda encerrar as gravações. o nome do apresentador é Felipe Pontes, ficou famoso com um programa que expunha os piores momentos das pessoas, ou seja o fracasso, a derrota.
O pai de Pedro foi uma das vítimas de Felipe Pontes, hoje ele realiza um programa de entrevista, que revela segredos de celebridades e subcelebridades, como famosos midiáticos e mulheres frutas. o programa é sucesso de audiência nas manhãs da família brasileira.
                                                        ***
O pai de Pedro, Afonso tavares está numa festa infantil realizando um truque de mágica, as crianças atentas percebem  que a mágica  deu errado e Afonso super sem graça, desconfortável, constrangido com a situação, não ter conseguido realizar a mágica e começam a dá risada e Pedro no meio da platéia assistindo o fracasso do pai.
Em casa
-Desista Afonso, você não é mágico coisa nenhuma, as pessoas debocham de você. Você não coloca mais nada em casa! - a esposa sai revoltada da sala.
Afonso fica de cabeça baixa chorando. pedro se aproxima e abraça o pai.
-Não importa o que os outros digam. Pra mim você ainda é mágico.
                                             ***
-Oi. O senhor quer falar comigo?
-Sim, eu sou Pedro tavares, nãos ei se o senhor lembra, mas há 19 anos atrás o senho me entrevistou. Com o título de o menino hipnotizador que sustenta o espetáculo do pai.
-Acho que lembro, apesar de já ter entrevistado muitos. Eu lembro que fiquei impressionado com o seu talento e você foi uma das maiores audiências do programa. como está?
Oferece a mão.
-Meu pai está morto. A vida dele nunca mais foi a mesma depois daquele programa.
-Sinto muito.
-O que você quer que eu faça?
-Eu também quero arruinar sua vida. Acho que esse vídeo te pertence. Esse vídeo sim seria a maior audiência do seu programa.
                                                     ***
Pedro na varanda chorando, o pai se aproxima dele.
-Por que você está chorando filho?
-Porque a minha mãe disse que foi errado o que eu fiz.
-Você não pode ter vergonha, você é especial. Você tem um dom.
No espetáculo do pai.
-Apresento a vocês o Dominador de atos.
Aparece o filho de máscara. Ele está diante de uma mulher.
-Imite sons de bicho.
A mulher obedece fazendo sons de diversos bichos. Ele pega outro rapaz.
-Role no chão e se esbofetei.
Em casa.
-O nosso filho é uma mina de ouro!
-Ele é uma criança Afonso.
-Você não estava reclamando que não estava colocando dinheiro em casa?
-E continua não colocando, quem tá sustentando essa casa é o nosso filho. Sabe o que é isso? ela mostra um pedra -Algum vizinho jogou isso. Os coleguinhas dele estão bravos e estão o hostilizando, até a diretora me pediu para trocá-lo de escola.
                                                     ***
O apresentador Felipe Pontes sai do estúdio de carro e ver um rapaz encostado na parede que levanta a camisa, mostrando o abdômen definido.
Ele pára o carro na frente do rapaz.
-Como vai? Admiro muito o seu trabalho. Não perco o seu programa.
-E como faço pra ver o tamanho da sua admiração?
-Que tal começando me convidando para tomar um drinque?
-Teria problema se fosse na minha casa?
-Seria um prazer.
Felipe abre a porta do carro, o rapaz entra. O rapaz era o mesmo que atendeu Pedro na locadora.
Paulo Gastão chega em casa e ver o filho no sofá.
-O senhor anda trabalhando demais.
-Você sabe porquê?
-Tá na hora de recomeçar meu pai.
-Sinto tanto a sua falta.
-Eu tô bem, acredite.
-Eu acredito, eu que não acredito mais em mim desde que lhe perdi.
Paulo começa a chorar sozinho no sofá, na solidão que é sua casa.
Miguel chega num hospital.
-Como ele está?
-Na mesma. -fala o enfermeiro.
-Eu dou a sopa.
Se aproxima da cama.
-Você aqui.
-Como todos os dias.
-Eu não viria mais.
-Eu não sou o senhor.
Felipe e Rafael chegam no apartamento.
-Grande.
-Me sinto tão sozinho, este apartamento é muito grande pra uma só pessoa.
-Está calor aqui. -Rafael tira a camisa.
-Sua idade?
-17.
-Ótima idade. Quer algo pra beber?
-Eu quero saber aonde é o quarto.
Algumas horas depois Rafael chega em casa. Sobe pro quarto. Liga a TV e abre a mochila e ver uma camisa ensaguentada e no seu braço duas formigas.
-O que está acontecendo.
Passa um noticiário informando que Felipe Pontes foi encontrado morto no banheiro de sua casa, mostra a imagem do prédio.
-Eu acho que estive aí.
Ele ver que tem algo que a camisa está enrolando, desenrola e ver uma faca.
Paulo Gastão e Miguel no cenário do crime, verem Felipe Pontes na banheira com o mesmo corte da vítima anterior, um corte da cintura até o peito esquerdo e muitas formigas na banheira.
-Como o assassino conseguiu colocar tanta formiga sem ser notado? -Miguel.
-Isso te lembra alguma coisa?
Pedro em casa vendo o noticiário comendo um sanduíche e bebendo refrigerante.
-Chega disso, hora de ver algo mais interessante.
Coloca o DVD e no  filme estava Felipe Pontes chupando um rapazinho de 16 anos.
                                                 ***
No camarim o pai parabenizando o filho pelo trabalho, alguém bate na porta.
-Com licença, eu sou o apresentador Felipe Pontes e fiquei impressionado com o filho do senhor. Queria entrevistá-lo em meu programa,
No programa.
-O senhor não tem vergonha de explorar o dom do seu filho?
-Ele é anormal! -Uma mulher na platéia.
-Isso é coisa do demônio. -Outra voz.
-O que são essas marcas no braço do menino? Diga senhor Afonso. -Felipe Pontes.
-Ele é hostilizado pela vizinhança.
-Coitada dessa criança minha gente. Onde estão as autoridades pra tamanha brutalidade? E que tipo de pai é esse?
-Não fala assim comigo! -Afonso levanta e dá um murro em Felipe Pontes, que cai no chão.
A câmera filmando Pedro sem ação, assustado com os humanos.
O juizado interferiu e pais de Pedro perderam a guarda dele.
-Eu quero o meu filho! - a mãe de Pedro pra TV chorando.
Pedro no orfanato olhando a TV que mostrava a imagem também chorando.
O pai vai visitá-lo.
-Pai -Pedro o abraça.
-Eu vou tirá-lo daqui. Eu juro.
-Eu quero sair daqui agora.
-Eu não posso... Eu não posso. -chorando.
Algum tempo depois uma assistente vai falar com ele.
-Bom dia Pedro. Não fala? -senta de frente pra ele.
Ele continua calado.
-Eu sinto muito pelo o que você está passando.
Mostra duas fotos pra ele.
-Qual dessas você prefere?
Uma é ele no espetáculo, é ele com a família.
-Você não sente nada. -chorando -Me tira daqui.
Ela vira o rosto e se levanta.
-Eu sei que é mais fácil fazer com que as pessoas façam o que você quer, mas não podemos tratar as pessoas como marionetes.
-Você nunca teve filhos e quer cuidar dos filhos dos outros. Acha justo isso?
Ela se aproxima de Pedro.
-O que é você? - alisa o rosto dele.
Alguém bate na porta.
-Tudo bem aí senhora Marckenzie? -Uma voz de homem do lado de fora.
-Pode abrir a porta. -ela sai.
No quarto Pedro vê  cupim no seu sapato. Ele procura ver de onde vem. E segue a cerreira pelo corredor. Até chegar na varanda e ver uma árvore cheia deles, se aproxima, admirando. Coloca a mão no buraco, tirando o seu braço logo em seguida com vários deles.
Num certo dia a assistente leva ele até a mãe.
-Você pode ir Pedro.
A mãe com outro homem esperando ele de braços abertos.
Ele chega na nova casa.
-Gostou Pedro?
-Onde está o meu pai?
-Não tem mais espaço pro seu pai em nossas vidas. Você vai ter um irmãozinho. Vai ficar tudo bem. O César é um bom pai.
-Eu não quero outro pai. Eu quero o meu pai! Eu não quero ficar com a senhora. -Ele sobe correndo chorando.
-Pedro, volte aqui!
-Deixe ele se acostumar com a ideia.
                                              ***
Pedro diante do túmulo do pai, ver uma barata andando pela lápide, pega ela com a mão e a aperta até esmagá-la.
-Prometo meu pai.
Os colegas de Rafael, uma menina e um rapaz, vão a casa dele depoisd e receberem um telefonema dele.
-O que foi Rafael?
-Eu acho que matei alguém?
-O quê?
-Como isso?
-Sabem o apresentador Felipe Pontes, que foi encontrado morto em sua casa?
Sim.-os dois.
Ele mostra a camisa e a faca.
-Isso é loucura! Isso é impossível!
Ele chorando.
-Eu sou um assassino.
-Espera Rafael você não faria uma coisa dessa.
-Você é sonambulo?
-E se eu matar mais alguém?
-Rafael pára com isso! Olhe pra mim.
-Eles vão descobrir. ele sai do quarto.
-Rafael! vai atrás dele Hugo.
Pedro vendo uma senhora cuidando de uma criança, a acompanha até a casa dos patrões. Bate na porta. Ela atende.
-Bom dia, eu soube que vão vender a casa, estou interessado.
-Os patrões não estão em casa.
-Deixa eu entrar. -olha pra ela.
Ela abre a porta e ele entra.
-Trabalha há muito tempo com crianças?
-Dez anos.
-Tem filhos?
-Não, estão mortos.
Ele fica alisando os móveis, vira pra ela  e ver ela com uma arma apontada pra ele.
-Pra você eu estou morto. -ele chorando.
-Quando foi solto?
Rafael chega na delegacia.
-Eu sou o assassino de Felipe Pontes. -joga a faca e a camisa sobre a mesa -Por favor, me prendam antes que eu mate mais alguém.

                 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Vagarosamente.


Me arriscando no meio fio sem medo da queda
dando audiência para a beleza da sarjeta
Arrependido talvez de não ter voltado
E ter dado aquele beijo que poderia ter dado
Aventurando tomando chuva por não estar de guarda-chuva
Desperdiçando o tempo por saber que não há ninguém
Lhe esperando dentro de casa
Sem pedi a imaginação lhe empresta asa
Sem se preocupar por um minuto em não ser alguém
Andando por entre os meus iguais
Sem me incomodar ou assustar com o que é apenas diferente
Deixando a água cair por estar quente
Ser indiferente pelo o que eu não quero
Brincar de porta fechada imaginando o que quero
Tendo orgasmos quando reencontro as minhas velhas músicas
Sentindo falta de velhos rostos
Abrindo a porta e deixando entrar novas companhias
Tentando conviver com o meu maior medo a autocrítica
Se espantando com os meus diferentes gostos
Sabendo que em cada aniversário vou ficando menos vivo
Tem certas coisas que só gosto ao vivo
Aprendendo a colocar mais cores na tela da vida
Curtindo a festa que está em plena avenida
Perdendo as contas de quantos cabelos brancos vieram
Por ver o dia amanhecendo sorrindo nem aí pra sua idade
Com a sua invencidade experimentando toda a virilidade
Sabendo que ainda há espaço vago
E que tem memórias que não podem ser roubadas
Mesmo que não lembre cada palavra daquele dialogo
E ficar surpreso que um dia tudo vai tá acabado
Todos os seus filhos encaminhados
E certas despedidas inevitáveis
Tantas experiências não contáveis
E dá de cara que que muitas vezes não está acompanhado
Até cerrar os olhos vagarosamente abruptamente
Feliz com a tarefa cumprida
Pronto pra mais outras tantas vidas.

domingo, 28 de julho de 2013

Memorial de um ator pornô.



Experimentando a buceta de minha mãe
Por 100 contos esfolo a puta de pueris curvas
Que estava na esquina para descolar umas notas
Quando a encontrei em uma das minhas noites turvas
Em que me desviava das minhas roubadas rotas
Como da vez que comi a colegial na mesa da professorinha
Enquanto sentia o reto do menino da minha madrinha
Encantado por cada dobra do corpo de 120 quilos
Sobre o meu pau  a me satisfazer
Tirando a virgindade da moça que buscava aquilo
Com a velha de 65 anos tenho o prazer
Com a língua auxílio a triste amante
Da perversidade da reclusa santa Maria de pernas abertas
Pinta o quadro a artista de quatro
E sobre os seios do calvário calmante
Da casada infiel a piscadela se escondendo sobre a coberta
Até se pode dançar com a feia de castigo na dispensa
Fudendo e fodido pelo homem que pra mostrar o instrumento abaixou a calça
Perdendo a dignidade por cada desenho em preto e branco das costas
Com duas rotas alteradas no carro sem ofensa
Depois de uma por um cigarrinho abaixar a alça
Até a minha cama morrerem sem da noite obter resposta
Das minhas memórias me perdi da virgindade
Com o pau ereto atrás da minha próxima atividade.

domingo, 21 de julho de 2013

O beco.


No beco escuro explode a abstinência
Com dois homens másculos trocando carícias sem nenhuma prudência
Longe dos olhos dos infames
Experimentando o sexo do outro sem nenhum proclame
Contando as bitucas de cigarro assistindo a monotonia
Onde é bem vindo a poligamia
Onde não existe o resultado sentenciado da morte
Encenando a vida novamente por puro medo
Entre cervejas providenciando outros desfechos para o enredo
Drogado e de quatro sem ao menos um nome
Da bichinha triste palhacenta que para um curioso se consome
No total sigilo do céu a livre
Montada a prestação se enganando dizendo indiferente a tudo isso
Com a boca ocupada com 21 cm sem compromisso
Em que este deixou a namorada em casa para experimentar outros prazeres
Sendo que durante o dia no escritório não deixa de fazer seus afazeres
Juntos, sozinho, acompanhado ou em busca de companhia
Escondidos de sua própria soberania
Para não afrontar os outros de sua cidadania
Que não entendem essa magia
De ser estritamente humanos.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Por de trás do crime -Capítulo 1.



Uma moça é encontrada em cima de um carro. Ela é loira, olhos castanhos, na faixa de 35 anos, alta e bem vestida.
-Ela mora no oitavo andar. Vai subir? -pergunta meu colega.
Ela está com uma perfuração da cintura ao peito esquerdo.
-O que tem no carro?
Gastão abre a porta e ver no retrovisor um bicho.
-O que é isso?
Era um gafanhoto preso a um fio de náilon
-Como se explica isso?
Esse é o investigador Paulo Gastão, um homem de 45 anos, com uma certa barriga adquirida com a idade, com um pequeno grau de calvície e os poucos cabelos que lhe restam estão grisalhos, do qual ele mantém bem baixo cortado a máquina. O colega dele é Miguel Santoro, um jovem de 26 anos, cabelos claros, usa óculos, de olhos verdes, com 1,70 de altura no máximo.
O apartamento era bem organizado para uma mulher solteira, bem espaçoso, com móveis novos e de qualidade.
Eles andam pelo apartamento em busca de alguma prova.
-Gastão, a cam está ligada.
Num certo barzinho de estrada está sentado ao bar um homem de olhos perdidos e jeito de poucos amigos. Estava vestindo uma calça e uma camisa de manga comprida, carregando no pescoço um escapulário e um terço. Branco, cabelos raspados tipo militar, baixo, magro franzino, a barba por fazer.
-Me ver mais uma dose desse. -fala pra moça.
                                                                    ***
Um menino se aproxima de um cachorro.
-Você fugiu novamente Shazzan.
Se abaixa à altura do cachorro
-Você é um cachorro muito mau! - o acaricia, ele olha bem nos nos olhos do cachorro, sua retina aumenta e escurece -Está vendo aquele carro que está se aproximando? Se jogue na frente dele.
O cachorro obedece e é atropelado, o motorista sai do carro e sua filha pequena também que começa a chorar ao ver a cena o cachorro deitado no asfalto e embaixo uma poça de sangue aumentando. Ele olha as pessoas se aproximando pra ver a cena.
                                                           ***
-Algo mais senhor?
-Uma caipirinha.
Analisam as imagens e terminam vendo ela conversando com alguém e depois ela abre a porta, entra um homem na faixa de uns trinta anos que nem espera ela abrir a porta e enfia a faca, ela se segura nele, ele entra e a carrega e a joga da janela.
-Temos o nosso assassino. Dá pra aproximar?
No bar.
-A conta.
A moça se aproxima.
-Duas caipirinhas...
-Sai que horas?
-Duas da manhã, mas...
-Espere. -ele olha pra ela e os olhos dele escurecem e ficam maiores -Você vai sair comigo as duas da manhã e vamos pro meu apartamento. Você vai dançar pra mim e fazer um streep tease. Agora quero minha conta.
Na delegacia.
-Aqui o nosso homem Sérgio Ramos Fantulfo, mora a 200 metros daqui. -Miguel.
-Vamos.
O homem era casado há 10 anos, tem um filho de 8 anos, ficha limpa, professor universitário, boa condição de vida. O que o motivaria a cometer o crime era o que se perguntava Gastão.
-Boa noite. O marido da senhora está?
-O que vocês querem?
-Ele parece que cometeu um deslize grave
Ela abre a porta com lágrima nos olhos.
-Quem é querida?
Entram os policiais
-Somos da polícia, o senhor está preso pelo assassinato da Dona Carolina Medina.
-Eu não sei do que os senhores estão falando.
Ele entra na cozinha recuando até a pia.
-Só pode ser um engano. -a esposa.
-Eu não fiz nada!
O filho desce e ver os pais chorando e os policiais com as armas.
-Sobe filho. Tá tudo bem com papai. Me espere lá em cima. - o menino obedece.
-Se entregue, temos provas.
Ele vai abrir uma gaveta. Miguel atira várias vezes. Ele olha pra esposa, como se pedisse desculpa, cai no chão.
-Droga Miguel!
Ai... Ah! a mulher chorando e tremendo, tentando se segurar em algo.
-Ele iria reagir.
Gastão se aproxima e verifica a pulsação.
-Tá morto.
Na cama a moça do bar acorda e dá de cara com o rapaz que atendeu do lado dela, e ela suspende o lençol e ver que estão nus.
-Bom dia!
-Desculpa, eu não sei o que aconteceu, mas não devia acontecer.
Ela se levanta e se veste
-Eu não devia estar aqui meu Deus. O que eu fiz? Onde estava com a cabeça? Você não fala nada?
-Tchau.
Ela sai, ele dá risada, se levanta nú, o corpo cheio de tatuagens, nas pernas, nas costas, no peito, no abdômen, na parte frontal superior do corpo, no pescoço. Se olha no espelho.
                                                          ***
-Quem foi que quebrou isso Pedro? Pedro eu disse que não era pra mexer nisso. Pedro estou falando com você!
O menino se mantem calado, ela olha pra ele.
-Foi você que quebrou não foi?
-Foi você, você deixou na ponta da cômoda, tropeçou na cômoda e o objeto caiu.
Ela dá um tapa no rosto dele.
-Pára de fazer isso! Você não vai entrar na própria cabeça da sua mãe!
                                                       ***
Na casa de Sérgio, a mulher já mais calma.
-Aqui café pra senhora. -Gastão.
Ela vê o corpo do marido sendo levado.
-O menino tá na casa da sua irmã como você pediu. -Miguel.
-Do que ele estava sendo acusado?
-De assassinar Carolina Medina, uma secretária de uma clínica pediátrica. Você a conhece? -mostra a foto.
-Não... Não, o meu marido não é um assassino!
-Muitos não aparentam senhora, vivem uma vida normal.
-Ele era um homem bom, bom pai, religioso,se indignava como estava o mundo, educado, prestativo -chorando -Bom amigo, bom filho, nunca ouvir ele soltar um palavrão. Não era capaz de matar nem uma barata. Não me diga que esse mesmo homem que fez isso era o meu marido que não vou acreditar. Eu conheço o meu marido e esse não é ele.
Pedro entra numa locadora.
-Já estamos fechando.
-Soube que estão vendendo os filmes, que vão mudar de ramo.
-Sim. Esses estão por R$5,00.
Levanto ele até a prateleira.
-Eu quero esses.
-Esse é R$7,00.
-Não tem problema. Adoro comédia romântica.
-O senhor não tem cara de gostar de comédia romântica, desculpa.
-Não tem nada, eu gosto da franqueza humana.
Pega na mão do rapaz, o rapaz olha pra ele.
-Eu quero que você faça uma coisa pra mim.







segunda-feira, 6 de maio de 2013

Apartamento 302



Sai as quatro do trabalho
Passei no supermercado e comprei alho
Para o almoço que a esposa prepararia amanhã
Veio a vontade de fumar e corri para a minha artimanha
Beber! Beber! Beber!
Já estava há 20 dias sem fumar
Lembrei das contas a pagar
Do filho da puta do patrão que tenho
Que me dá um salário que dá malmente pra viver
Lembrei da esposa que estava grávida me esperando certamente
De gêmeos pra ferrar francamente
De repente me dei conta de olhos verdes me observando
era bonito alto e um sorriso que sem pedi tinha me excitado
Paguei a conta e mandei os 20 dias pro inferno
Comprei o cigarro ao sair e do vício me tornei subalterno
Sem pedir os olhos verdes também saiu e começou a me seguir
E ele piscou pra mim sem ao menos ter alegado
Decidir dá o comando
Parei.
 Ele chegou até mim e disse vamos ali
Gelei estava com grande volume nas calças
Sem perceber comecei o acompanhar pelas calçadas
Entrei no prédio, subi ao apartamento, pensei que não ia conseguir
Um beijo ávido até descer a minha calça e com a boca me fez gozar
Me pôs de quatro contra a parede e o fiz gozar
Entrou outro... Outro... Outro... Todos!
Todos os tamanhos... Tantos prazeres
Mais uma rodada me despertou dos afazeres
Era o garçom acabando com os épodos
Os olhos verdes já não estavam mais lá
Já tinam-se passado duas horas
E a vontade de fumar persistia
Acompanhada da vontade de não voltar para casa, pro trabalho
Pra minha vida que sempre mentia
Saio e no caminho para casa me deparo com o prédio da alucinação
Era um atalho
Procuro o apartamento 302 em busca de alguma emoção
Lá estava ele enrolado numa toalha e com o mesmo sorriso excitante
Depois disso não vi mais nada
Apenas gritos e o carro em cima de mim
E aqueles olhos verdes observando e seus amigos disputando a janela
Para ver o meu fim.


Cinzas.

O que faz você aqui?
Tão perto de mim
E do fim tão próximo
Onde as palavras se desencontram
E o tesão se entristeceu
Onde as brigas foram levadas ao máximo
Onde as dúvidas se comprovaram
Onde meu querer já não batia mais com o seu
Aventura e desejo duelaram com a hipocrisia e a resignação
Onde os nossos corpos se anularam ao breu
Aos nossos corpos frios já sem nenhuma reação
Pra que tudo cinza?
No lugar das risadas resta a mágoa
Amaldiçoada alma que fere o que  mais ama
A mais pura e singela palavra chamada amor
Adormece aventureiro na cama
Ou em busca no fundo da lagoa
Deite-se com outros cavalheiros e me livra
De todo seu amor.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

ME

Estou desconectado
Me sinto péssimo
De todas as mentiras que já contei
A que eu queria que fosse verdade
Era que eu tivesse te amado
De todos os pecados do corpo seminu da tela quero acréscimo
Da distância de querer você que inventei
Quero um porre de meninas e meninos controlado
Desejo todas as coisas do mundo
Quero todas as drogas em minhas mãos
Em quantas ejaculações eu tenho posse de você
Sem futuro, sem diário, sem relógio
Nesse mundo ilógico fudendo com alguém que acabei de conhecer
Desejando por uma noite não ser
Em que não conforta o elogio
Em que detesto ser dependente de você
Andando pelas ruas atrás do próximo vagabundo
Medindo com minha boca o tamanho do seu tesão
Ferindo e se despedindo de quem eu não quis
Não fazendo sentido torrar o que não tenho
À espera do próximo crente a me oferecer redenção
Olhando da minha janela a minha depressão
Esperando tarefas do jeito malquis
E se contentar com rabo que obtenho
E que talvez esses meninos não encontre ascensão
Desejo todas as coisas do mundo
Quero todas as drogas em minhas mãos
Não quero sentir ser mais um
Dançar na pista como se fosse o último dia
Rir com os amigos e não ter hora de voltar para casa
Não quero voltar pra casa
Cria-se na minha cabeça imagens urbanas de acefalia
Engarrafamento de palavras brotam que não saem
Não consigo controlar a minha abstinência
Eu sou tantos e não sou nenhum
Fumando algo incomum
Sem aplausos, risos e choro
Dividindo a cama com vários couros
Sou artista e assim vou criando a minha próxima dor
Desejo todas as coisas do mundo
Quero todas as drogas em minhas mãos.





terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Esdrúxula





Quero fuder com você em cima de um tronco de uma árvore
Quero comer você em toda primavera, inverno e no sol ardente
Quero trepar com você debaixo da escada, atrás do sofá e no elevador
Quero abrir suas pernas em 7 de setembro, dia dos namorados e em dia santo
Quero penetrar você ouvindo Beatles, escrevendo e sendo pintado
Em que as posições não seja nada decorado
Em que esqueça as nossas brigas ao gozarmos por enquanto
As besteiras que penso ao melar o seu rosto é inspirador
E que nesse momento não estejam todos os contra somente
Sentir o meu pau entrando em sua garganta calando todos os gritos
Porque só nos entendemos desse jeito
Despidos um pro outro sem idas e vindas
Em que na cama não seja apontado os nossos defeitos
Onde até os nossos porres são bem vindos
E nossas vergonhas perante a nós são lindas
Porque é tão difícil resistir a você
Se nos fazemos mal sem fazer mal
Ai a transa termina e vem o arrependimento
E na semana seguinte ao nos vermos fudemos
E assim vamos fudendo um ao outro
Sem perceber percebendo que na verdade estamos fudendo a nós mesmos
Sem entender entendendo o porquê de fudermos com nossas vidas.

Os acasos





Se por acaso eu passar na mesma rua
Diz que vou encontrar com seus olhos
Se por acaso minha ligação cair na sua caixa de mensagem
Diz que vai perder cinco minutos para ouvir minhas juras
Se por acaso eu sonhar um sonho erótico de noite puras
Diz que vai estar neles nua
Se por acaso estar em suas orações de joelhos
Diz que não é pra me tirar da sua vida por sacanagem
Se por acaso ouvir a nossa música
Diz que não vai trocar de estação
Se por acaso se sentir sozinha a noite
Diz que não vai atrás de outras companhias
Se por acaso estudar física
Diz que vai lembrar o quanto eu sou ruim em ação e reação
Se por acaso pegou alguma das minhas manias
Diz que vai mantê-las só para me manter vivo nelas
Se por acaso em algum momento sentir saudade
Diz que não vai se fazer de forte em não achar bons momentos
Se por acaso encontrar com algum talento
Diz que não vai matá-lo só para não te causar tormentos
Se por acaso em algum momento não lembrar nem mais o meu nome
Diz que vai pelo menos ficar com o meu beijo.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Disfarce.



Já não dá mais pra disfarçar
A forma como fico ao estar diante do seu olhar
Atravessei montanhas pra te encontrar
Pra finalmente em seus braços me achar
O teu beijo me estremece
E o teu corpo me aquece
Em teus olhos vejo um abrigo
E nele esqueço todo o perigo
Que um dia o meu pai descubra
Que você é mais do que um amigo
Que quero dividir minha vida contigo
O que vai ser de nós?
Olhares tortos já nos acompanham
Eu, a me perguntar que culpa tenho se eu te amar
Ninguém entendi que não pedi pra me apaixonar
E pensei que viveria isso sozinho
Sem ser correspondido
E assim passar a viver escondido
Contando com contados momentos de carinho
Ser a maior decepção de alguém que muito amo
E nem poder contar com os amigos
Disfarçar eu já não posso
Quero que guarde o melhor de mim
Que foram os meu 12 anos
Deixo poesia as duas pessoas que verdadeiramente amo
Sou covarde em não encarar o que estou sentindo
Mas já não posso continuar mentindo
Espero que encontre um lugar em que não seja julgado por escolher ser feliz
A felicidade é tão pouco e todos tem direito a esse pouco
Espero um lugar que não possa viver escondido e mentindo
Um lugar que aceitem como sou
Que não haja disfarces
Um lugar onde se entenda o amor.




18 anos.



Esqueça a palavra certa
Aquele verso perfeito
Pois de perfeito eu não tenho nada
Sou politicamente incorreto
Fujo do conceito
Quero que tudo vá a merda
Não consigo ir pelo caminho reto
Adoro me perder na curvas
Principalmente nas suas curvas
Sou uma pessoa sem limites
Desobedeço ordens
E da minha vida não ouse dá palpites
Sou assim errado
Gosto desse meu jeito errado
Errando é que acerto
Pois foi assim que escolhi viver
Minha vida é drama, um terror, uma comédia sem romance
Sou sem sexo
Desconexo
Que olha pro nada fixamente
Tentando entender o que fiz da vida nesses 18 anos.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Paredão

Há um paredão de pedra junto ao mar
Onde a putaria rola solta
Onde as pessoas se refestelam em encontros furtivos na calada da noite
Onde as pessoas podem ficar sem serem percebidas
Sempre tem algum macho afim de fuder
Se tiver coragem venha embarcar
Cuidado com a Elza a sua volta
No estacionamento dos coqueiros aos que tem condição
Piscadinha, foda dentro do carro ou no motel
Pistando fumando um dois bareback
Pra alguns já se tornou tradição
Pra outros uma gozada depois de um dia de trabalho
Pra outros uma opção por não ter o dinheiro da entrada da Rios e do coquetel
Ali estava pra chupar e dá o cú
A espera de ser abordado com o meu pênis latejando
Podia ser um cara discreto, um cacete moreno
Ou um homem de 40 me mamando
Mas me contento em enrabar o tipo comum ao lado e aceno
Gozo na boca dele debaixo da passarela
E pensar que a distração saiu por uma bagatela
E pra minha felicidade corro o risco de nunca mais vê-lo
Distração perigosa
Tentação nada leve até a madrugada
De dia barracas, a noite populosa
Sem programa, travestis, levante as mãos
E se renda a caçassão.


Estranhos



É muito estranho saber que você tem outro
Que chegamos tão perto de termos uma história
Que vai ser difícil lhe tirar da memória
O que deu errado?
De repente ficamos tão estranhos
E pra nossa distância já não havia mais tamanho
E nada já não era mais adequado
Aí vem a vontade de voltar o tempo
E só ficar com seus beijos
Sem diálogos, sem mentiras, sem contratempos
Voltar no tempo pra poder ficar olhando os seus olhos
Fazendo nada ou fazendo tudo
Voltar no tempo pra te dá filhos
Voltar no tempo e contar o número de vezes que não liguei
Voltar no tempo pra substituir as indiretas pelas diretas
Talvez não fosse pra acontecer
Não fossemos um pro outro
Não tentamos, não averiguei
Mas é tão estranho saber que você está feliz com outro
Pensando essas coisas era pra me conformar
Não me entristecer
O que deu errado não dá pra afirmar
Nem se aconteceu
Foi tudo tão rápido
Do encantamento ávido
Ao anoitecer
Dos momentos que eram só seus
O que é estranho
É saber que não somos nada mais um pro outro
Do que dois estranhos

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