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segunda-feira, 2 de março de 2009

A mulher do desembargador -Capítulo 15

Fora apenas um susto, me recuperei em Santos, isso mesmo na casa da prima do meu tio que se encontrava doente, se lembram? Mas esta morreu, deixando para o felizardo do meu tio tooda a sua fortuna, incluindo a sua fazenda em Mogimirim e Itiúba, nem acreditei de cabeleireiro a fazendeiro.
Violtando a mim, passei um tempo lá na fazenda do meu tio para o período de convalescência. Meu tio me pagou uma viagens as ex-repúblicas socialistas soviéticas, como Letônia, Polônia etc.
Me formei em jornalismo em Londres, onde me fez sentir muita falata do Brasil.
Não contei a minha mãe quem foi o autor do disparo, esta morreu sem saber, ela faleceu no sofá um ano depois de eu ter partido para Santos, assistindo a televisão. Que ironia, me lembrei do que Dona Justina disse " Meu santo falecido marido estava esbanjando súde, terminou contraindo Rubéola, o marido de Augusta todo feliz, acaba caindo morto, renatro, filho de Eulália, derrepente morre. e agora o seu marido, que coincidência horrível, da saúde ao túmulo"
É que coincidência horrível e minha mãe faz parte agora desta também
Mesmo separado da minha irmã continuei a me comunicar com esta, ela dez anos após a minha partida, abre um curso de culinária. E aliás, depois da morte de minha mãe, ela foi morar com Dona Justina, desta soube, em uma das cartas que minha irmã escreve me contando as novidades, que Dona Justina se encontra muda, isto ocasiobado talvez por ela ter mordido a língua, enquanto tomava uma sopa, quem sabe ela se envenenou um pouco do veneno da sua língua.
Dez anos se passaram, e nunca mais tive a coragem de voltar para São Paulo. Estamos em 1965, um ano depois da entrada da Ditadura Militar, que marcaria vidas.
Nunca mais tive notícias do Doutor Epaminombas, a última soube cinco ano atrás, que ele iria se casar com uma francesa no Chile.
De Marisa não tive notícias, a única que sei que foi contada por Doutor Epaminombas, em que ela se encontra internada no hospício da cidade.
Estou com 25 anos, e decidi voltar para São Paulo, depois desses dez anos, a primeira pessoa que vou visitar, já sabia quem era, felipe, deste soube que está entrevado numa cama por poliomielite.
-Boa tarde Dona Domingas.
-Pedro?
-Sou eu mesmo, eu soube, lamento.
-Entre. -ela fecha a porta depois de eu entrar.
-Vim visitar Felipe.
-Venha comigo. -ela com lágrima nos olhos.
Subimos as escadas, ela abriu a porta, eu entrei e o vi lá na cama inválido, sentir remorso, mas ele mesmo que foi o responsável por se encontrar assim.
-Quem é você?
-Aquele que um dia tu chantagiaste.
--Perdo.
-Sou eu velho amigo.
-Viu, onde estou resumido, num siples espaço do meu quarto, a cama. -chorando.
-Não sei o que falar. -eu chorando também.
-Pegue o que está naquele jarro, por favor.
Fui e peguei o jarro, que se encontrava em cima da comoda
-Abre.
Abri.
-É seu, não gastei nada.
Tirei o dinheiro que a dez anos atrás eu paguei.
-Não quero, fique com você e aqui mais.
entreguei mais dinheiro a ele.
-Vejo que esses dez anos o fizeram fazer fortuna.
-Não tenho muitas posses, mas dá para viver, sou jornalista.
-Não vá, falta mais uma coisa para lhe mostrar, abra aquela gaveta.
Eu fui e abrir a gaveta e tirei uma carta.
-É um rascunho da carta que mandei para o Doutor Epaminombas.
Eu rasguei a carta.
-Você não vai ler?
-Há coisas que é melhor esquecer, como dizem virar a página.
-Você me perdoa?
-Sim, meu velho amigo.

Um comentário:

Pensadora disse...

Parabéns pelo blog.
Criativo e inteligente.
Se puder,visite o meu.
TE CUIDA!BOA QUINTA PRA TI!

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