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domingo, 15 de março de 2009

Releituras

Minha namorada

A minha namorada não é de Vênus nem de Marte
Ela pode estar em qualquer parte
Sempre distraída, passando despercebida
Não tenho a certeza se ela é minha
Pois é de todos e ao mesmo tempo de ninguém
Eu desejo me perder em seus beijos a cada arte
Fico mordido de ciúme ao vê-la ao lado de outro
Vejo fazendo filhos nela, o nosso futuro caminha
ela me olha nos olhos e me diz que me ama
Com aminha namorada troco confidências mais íntimas
ainda de me fazer o homem mais feliz, nos entendemos bem na cama
Não existe outra que me entenda tão bem quanto ela
Não existe brigas, nem mágoas, pois ela é ela
a minha namorada... Mas chega uma hora
Em que não a vejo, pois ela é fruto da minha solidão agora
Aí me pergunto em que dia eu vou poder lhe chamar de minha namorada.


Uma janela em meio ao mundo

Nasci numa boa casa, com muitos cômodos, um quarto só para mim, com bastante espaço para brincar. Não tive irmãos, a minha infância foi toda com os meus primos ( quando estes me visitavam) e meus brinquedos.
Me roía de inveja quando meus primos falavam do Mundo lá fora. Minha mãe não deixava nem eu ir ao jardim da casa, quando eu ameaçava sair, já vinha ela me pegar pelos braços e me colocar no meu "mundinho" com meus brinquedos.
Ao completar sete anos fiquei muito feliz, pois me disseram que ao completar essa idade eu iria a escola e finalmente me veio a esperança de conhecer o Mundo.
Mas logo essa esperança esvaiu-se, meu pai fez uma escolinha no cômodo dos fundos e os meus colegas eram outors dois primos meus.
Fui crescendo e junto a vontade de conhecer o Mundo fora dessas paredes da qual era impedido. certo dia fui ao quarto da minha mãe, lá havia uma janela, ao abrir, vejo uma parede enorme, que logo me desanimou, por mais uma vez não conheceria esse mundo. Só ouvia o som de buzina e vozes, fechei a janela.
fui me conformando contra a vontade, me lembro que cheguei a perguntar a minha mãe por que eu não poderia sair como os meus primos faziam. Ela me respondeu que o Mundo era violento e mau e que eu estava protegido dentro de casa.
Só conhecia o Mundo pelo o que os meus primos falavam sobre ele e pela televisão. Até que os meus pais faleceram, o muro alto foi derrubado e pela janela eu vi o Mundo lá fora.
Me assustei com aquela imagem, era maior do que eu pensava. Onde era a minha casa disseram que iria ser construído um prédio, fui morar na casa de um tio.
Conheci tardiamente o que era sofrer, um cinema, o amor, a realidade, me encantava com as coisas mais bobas, como um semáforo.
Não me relacionava bem com as outras pessoas, eu me tornei uma pessoa introspectiva, hoje tenho consciência o quanto eu fiz mal em não argumentar o por quê. Mas hoje quando estou na rua, fico doido para acabar o dia e ir para o meu apartamento no último andar, exclusivo a mim e ficar escondidinho entre as quatro paredes do meu quarto, enquanto o meu filho, eu o encho de videogames e o deixo horas no computador para que ele não saia.



Aquela menina


Tinha começado mais um ano letivo, rever os colegas e professores, conhecer os mestres do ano, ficar ancioso para as novas histórias entre os corredores, conhecer os novatos. Entre os novatos, me chamou a atenção uma menina.
Me perdi na sua beleza, quando vi me esbarrei nela e bestificado nem agradeci quando ela se abaixou e pegou os livros para mim e os entregou nas minhas mãos, com suas mãos suaves e perfeitas e como se ainda não fosse de mais, ainda sorriu para mim.
Tinha ganhado o dia, ela era de mais, todos babavam ao vê-la desfilar pelos corredores. Ela nunca mais olharia para mim com aqueles olhos ternos de carinho, um menino desastrado, desligado, uma geringonça humana.
Me roía de raiva ao vê-la dá bola para os outros meninos, mesmo não sendo nada dela.
Ela nem sabia que todas as noites ela era minha e de mais ninguém e faziamos de tudo naquelas noites, que eram apenas uma criança.
Minha esperança de ter alguma coisa com ela sumiu quando soube que ela tinha namorado. O que fazer? Era só lamentar que esse rapaz era uma homem de sorte.
Aquela menina... Aquela menina, o seu nome ocupava todas as folhas do meu caderno, fazia as outras meninas ficarem ao chão perto dela. Sem pedir ela era o primeiro e último pensamento do meu dia, sem eu notar ela ocupou espaço no meu coração.
Sofri por não ter coragem de dizer o quanto a amava. Meu coração batia acelerado, me faltavam palavras, me tremia todo ao me aproximar dela, isso quando eu tinha oportunidade.
No outro ano ela foi estudar em outra escola, e eu tentei procurar em todas as meninas que me envolvi Aquela menina que um dia foi a dona do meu coração

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