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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Memória em surto: A morte.

Este é o quinto memória em surto. Pra quem não conhece, este é o quadro com oito postagens em que posto coisas que aconteceram comigo ou relacionado a mim, de um jeito louco que só um surto pode provocar.
O tema deste memória em surto é a morte. Nunca fui a um enterro ou velório, não que a morte não esteja presente na minha vida. Aliás, a única certeza que temos é a morte ( desculpe pela frase feita, não resistir).
A primeira que me marcou na memória foi a do meu primo Luís, ele era diabético, e antes dele morrer o corpo dele inchou todo. Gostava de conversar com ele, mesmo com o jeitão dele de poucos amigos.
Era um homem vivido, morou na França, tinha influência, mas morreu sem a presença dos filhos e num hospital público. Que contradição às vezes é a vida.
Voltando ao corpo dele todo inchado ( espero que você não esteja almoçando essa hora), minha mãe não quis presenciar as últimas horas do meu primo, dizia que não queria guardar essa imagem dele. Mas conhecemos ele já doente ( minha família é muito grande e espelhada aí pelo mundo, e não conheço todos) Eu não achei essa atitude cristã da parte da minha mãe, se gostamos de alguém mesmo presenciando os piores momentos dela isso não apagar a bela imagem que provavelmente construímos dela.
Agora me lembrei o quanto eu sofri com a morte de uma cadelinha que estava na rua que eu levei para casa, ela já se encontrava doente. Aquela noite com as lamentações de dor dela, pra mim foi a pior noite da minha vida, pois não podia fazer nada para aliviar as dores dela.
Eu me encontrava sozinho aquela noite em casa, como queria ser Deus naquela hora para salvá-la da morte. No dia seguinte eu ao lado do corpo dela chorando como menino ( aliás era menino na época) não queria acreditar na sua morte mesmo sentindo o corpo dela frio e teso.
A terceira morte que eu relato, acho que pegou não só a mim de surpresa na época, mas milhares de pessoas, foi a morte dos integrantes da banda Mamonas Assassinas num acidente difícil de acreditar. Sucesso estrondoso, todo mundo tinha as músicas deles na ponta da língua, com apenas um mês viraram febre e nos deixaram. As imagens mostravam o que ninguém gostaria de crer, eu era fã dessa banda, pra mim foi a melhor do gênero até hoje, insuperáveis.
Eu já temi a morte, já quis acreditar que poderia me tornar imortal através de grande feito ( a cura da AIDS por exemplo), mas acho que a morte não faz desaparecer a pessoa, não é o fim, pois sempre um pouquinho de você estará em cada pessoa que você conviveu, disto eu tenho certeza.

Um comentário:

Rafa Cruz disse...

Frases feitas, é verdade, mas não há muito como fugir delas. A morte é umas das únicas certezas da humanidade, porém alguns se esquecem disso e acham que gozam de uma pseudo-imortalidade. Achei seu texto limpo, mas meio simples. Distraiu, mas poderia ser melhor.
Abraço!

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