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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Mensagens sublinhares.

Um carro estaciona em frente a uma casa de dois andares. Saem do carro uma moça nos seus trinta e poucos anos e outro rapaz também na mesma faixa.
-Gostou da casa? -pergunta o rapaz.
-Grande pra uma pessoa só.
-Não pretende casar? Ter filhos?
-É quem sabe. Gostei do estilo da casa, parece antiga e acolhedora. Acho que fiz um bom negócio. -sorrir.
-Com certeza. Espero que seja muito feliz aqui.
-Por que os donos da casa não moram aqui? E por que decidiram vendê-la?
-Superstição. E a casa já tá a venda há 6 anos. Só agora um comprador se interessou.
-Por que tanto tempo?
-Ninguém quer morar aqui.
-Por quê?
-Aconteceu uma série de assassinatos aqui.
Ela começa a guarda as coisas dentro da casa. Depois toma um banho. Sai do banheiro.
-Tenho que providenciar um chuveiro elétrico pra essa casa.
A tarde ela faz uma faxina na casa. Vê umas manchas na parede, parecem rostos de crianças chorando. Ela tenta tirar, mas não saem. Tenta de novo, muda de produto e nada. Decide pintar a parede para apagar as manchas.
No final da tarde ela recebe uma amiga.
-Meu novo lar.
-Grande a casa. Mas acho ela meio sombria.
-Eu gostei. Sabia que morreu gente aqui?
-Deus é mais! E você ainda tem coragem de morar aqui?
-O que pode acontecer? Eu ver um fantasma? -ela dá risada - Os mortos estão mortos, tenho medo dos vivos.
No dia seguinte ela ao sair pra trabalhar é parada por uma senhora.
-Eu se fosse à senhora não continuaria nessa casa. Ela é amaldiçoada.
A noite ela acaba de tomar café. Liga a televisão e pega no sono, mas desperta com um barulho. Ela desliga a TV e passa pelo corredor e ver uma porta. Ela tenta abrir a porta, mas está trancada, pega uma chave de fenda e arromba a porta. Desce as escadas.
Ver porta-retratos de crianças e um baú. Abre o baú e encontra desenhos, uma boneca, livros infantis, roupas de criança. Ela vê um vulto. Guarda tudo no baú e sobe.
No dia seguinte ela começa a se arrumar para sair, coloca os sapatos sentada na cama, levanta a cabeça e ver no espelho a imagem de um garoto bem pálido com os olhos roxos. Ela olha pra trás e não há ninguém, volta a olhar para o espelho e a imagem desaparece.
À noite, ela ao dormir começa a ouvir choros de crianças. Ela leva os dois travesseiros ao ouvido.
-Ah! -ela dá um grito - Deixa eu dormir! -começa a chorar.
No dia seguinte ela chama um padre para benzer a casa.
-Obrigada. -ela se despede do padre.
Ela almoça com a amiga.
-Você tem que sair dessa casa. -a amiga.
-Eu chamo qualquer coisa para me livrar disso, padre, pastor, espírita, pais-de-santo.
Ela chama o corretor.
-Eu preciso saber o que aconteceu nessa casa. Eu apesar de não acreditar nisso, mas na casa está acontecendo coisas estranhas.
-Há 8 anos dois pais matam todos os seus 7 filhos. O pai foi preso e morreu na sua cela e a mãe se suicidou na casa da sua irmã, após quase ser lixada pela comunidade.
Ela ao acordar no dia seguinte ver marcas de arranhão na sua perna. Ela vai ao médico.
-Nunca vi isso. -o médico.
-Essas marcas vão sumir?
-Não sei dizer.
Ela está dormindo acorda e dá um grito por ver cobras na sua cama. Ela sai da cama. Ela chama uma empresa para retirar as cobras.
Ela vai até uma casa e toca a campainha.
-Oi, bom dia. -retirando os óculos escuros.
-Bom dia. Quem é você?
-Eu queria falar sobre Martha, sua irmã.
Ela vai fechar a porta.
-Espera!
-Eu não vou dá entrevista nenhuma.
-Eu não sou jornalista. Estou morando na casa da qual ela morou com os seus filhos.
Ela abre a porta.
-Eu queria saber mais.
A mulher começa a chorar.
-Entra.
Entram
-Eles mataram as sete crianças e os manteram por 20 dias dentro da casa. Eles eram usuários de droga. Eu não esperava que eles fizessem tamanha monstruosidade.
-Eu creio que eles estão tentando me expulsar da minha casa.
-Tenho isso aqui. São vídeos e reportagens da época. -ela entrega o material - Saia daquela casa é a única coisa que posso dizer.
Ela assiste na casa à fita de uma festa de aniversário de uma das crianças, uma menina de 11 anos. A família feliz cantando parabéns, o pai a carrega no colo.
Ela começa a chorar. A televisão se desliga sozinha. Ela pega o controle e tenta ligar, mas a TV não liga. Ela se levanta e aperta o botão da TV, e ela não liga.
Ela sente um arrepio pelo corpo, se vira devagar e ver uma menina que começa a soltar sangue pela boca.
-Ah!
No resto do dia ela começa a ler as reportagens, um dos jornais trazia a foto retirando o corpo de uma das crianças e outra o pai algemado dentro da viatura e uma entrevista com ele.
-Eles não obedeciam, perdi a cabeça... Acho que fui possuído. -ela lê.
Eram 4 meninos e três meninas, eles, um de 4 anos, outro de seis, outro de 15 e um de nove. Elas, uma de 11 e duas gêmeas de 7.
O mais novo foi afogado na banheira, ela se lembrou do menino do espelho. Ela fecha os olhos para tomar coragem para continuar lendo. O mais velho foi envenenado, o de 6 anos foi asfixiado e o de nove, morto a pauladas na cabeça. A menina do vídeo foi esfaqueada várias vezes e as gêmeas, morreram asfixiadas pela descarga do carro.
Ela afasta as reportagens e cobre o rosto com as duas mãos. Abre um diário.
-Não entendi porque mamãe gritou comigo, me chamou de menina má e queimou minhas pernas com a vela, só porque tentei... tirar as mãos dela do pescoço de Rafael. -ela lê e começa a chorar.
A mesa começa a tremer, e a porta a abrir e fechar alucinadamente, os livros caem no chão. E os vidros da janela se quebram e começa a aparecer uma frase na parede.
-Saia da nossa casa... sua vadia. -ela lê - Essa casa agora é minha! -ela grita.
E recebe um tapa que a leva ao chão, a desacordando.
Passam algumas horas, ela abre os olhos, não consegue se levantar. Começa a sentir falta de ar, como se algo apertasse o seu pescoço.
-Arh..Arh.
Era mais forte do que ela.
-Socorro!
O corretor chega na casa.
-Aline! -ele na porta.
Ninguém responde.
Ela tenta procurar algo no chão inutilmente. É como se tivesse uma multidão em cima dela.
-Aline! -ela ouve.
Ela tenta chamar o nome de Ricardo, mas não consegue.
Ele decide arrombar a porta, ele arromba e entra.
-Aline!
A encontra no chão e a abraça e ela começa a chorar e ele ver o pescoço dela com marcas de dedos de uma criança.
Ela na cozinha fazendo uma torta, ela se corta.
-Merda! -lava a mão, saindo sangue com água.
Liga o botijão e gira o botão do fogão e abre o forno. Algo começa a empurrar para dentro do forno, as janelas começam a se fechar.
Ela tenta tirar a cabeça de dentro do forno, o acendedor na mão dela, ela joga o acendedor longe e prende a respiração.
Ela consegue sair e respira fundo e desliga o botijão.
De tarde estende umas roupas que lavou. Entra em casa e ver a porta do porão aberta e ouve o som de uma bola caindo pela escada. Tenta ligar a luz do porão, mas ela não acende.
Pega uma lanterna e desce com ela e ver a bola no chão. Ilumina todos os cantos do porão. A porta se fecha e ela sobe correndo, não consegue abrir a porta, começa a bater na porta.
-Quero sair daqui!
Sente algo na perna, ela se vira e ilumina com a luz da lanterna uma menina, uma das gêmeas. Ela está sentada de lado no degrau com as mãos no ouvido, chorando, com marcas de uma surra nos braços.
-Boi... Boi... Boi da cara preta\ Pega essa menina que tem de careta. Boi... Boi...Boi da cara preta\Pega essa menina que tem medo de careta. -e continua cantando.
-Meu Deus. -ela desce escorregando as costas pela porta terminando agachada -Não... Não...Não. -chorando -Para!
A menina cantando mais alto, a lanterna apaga.
-Acende. -ela batendo na lanterna - Me deixem em paz!
A luz do porão acende e a menina não está mais no degrau. Ela se levanta e abre a porta.
A noite ela vai se deitar, fecha a porta do quarto e tranca logo em seguida. Se abaixa para ver pela fresta e vê os pés de uma criança em frente a porta.
Ela se levanta e deita na cama e reza.
Dorme, ela acorda no meio da madrugada e acende o abajú e ver as horas no despertador, 3:15. Vira-se e ver um menino sentado na outra ponta da cama.
Ela encolhe as pernas devagar, se levanta, não calça os chinelos e se coloca de frente pro menino, se abaixa para ficar na mesma altura que ele. Era o menino do espelho, o menino que foi afogado na banheira. Ela pega na mão dele, ele está de cabeça baixa.
Ele levanta a cabeça e olha para os olhos dela.
-Você é um menino mau. -diz ele e passa a tesoura no pescoço dela.
Ela cai no chão, começa a jorrar muito sangue. Ela coloca a mão no pescoço e ver a mão encharcada de sangue.
No dia seguinte ela com curativo no pescoço. Ela fazendo as malas.
-Eles conseguiram.
-É a melhor coisa a se fazer. -a amiga.
Ela fecha a mala.
-Me espera lá fora. Eu tenho que fazer algo antes.
-Vê se não demora. -a amiga se retira.
Ela desce as escadas, chega à sala, olha para todos os cantos da casa.
-Amanda, Cristina... Fábio..Flá..vio, Isis, Rafael, Mário... -os móveis começam a tremer -... Mamãe... os perdoa.
Os móveis param de tremer.
-Mamãe os ama. -chorando.
Ela sai da casa e abraça a amiga e entra no carro. Abaixa o vidro e ver pela última vez a casa.
Seis meses depois.
Ela sai do trabalho e passa numa banca de revista e pega um jornal.
E ler uma notícia: " A casa da Avenida Flemberg, onde sete crianças foram assassinadas brutalmente e com requintes de crueldade pelos próprios pais será demolida hoje a tarde às 15:30 para a construção de um prédio de 23 andares de um condomínio fechado que vai ser lançado em 2012 na Avenida".
Ela dobra o jornal e entrega o dinheiro ao senhor.
Caminha pela calçada e passa pelo banco de uma praça e alguém toca o seu braço, ela vira. Era uma menina de olhos azuis de uns seis anos de idade.
-Eu não te perdôo. –diz a menina para Aline.

16 comentários:

L.A.G. disse...

Interessante!

Inez disse...

A estória está bem colocada, mas, é muito tétrica.

SinaldoLuna" disse...

Bastante interessante!
Gosto de estórias assim =]

Sucesso 0/

Lenivaldo Silva disse...

Velho,sinceramente.
N~]ao quero ser hipócrita o suficiente pra tecer um comentário como o da colega de cima (a primeira),por que está na cara que ela não leu...
Eu também não li.Não leio textos muito longos na net,eles cansam muito.
Mas já que estou aqui vou procurar um outro post.
Valeu

blogdolenivaldo.blogspot.com

Bruna Fernanda disse...

interessante,mas o texto é muito longo e da preguiça de ler

Láhliima disse...

Muito interesante e bem colocado, sempre é bom ler histótias assim..
sucesso com o blog ;)
visita: http://quemodaeessa.blogspot.com/
beeijos

Anônimo disse...

Muito bom. Ainda deixa um final misterioso, bem no estilo de HQs de terror de entigamente!!

Só sugiro uma preocupação maior com a correção do texto anter de postar!

Abraço!

Ah! Gosta de poesia? Passa no meu blog!
http://www.cachorrosolitario.com/poemas

Lilian Negrini disse...

A moça é corajosa pacas. Gostei da insistencia, mas creio que ela tenha enlouquecido, ou estou enganada?

Lilian Negrini disse...

O título do texto me remete a ler nas entrelinhas. Vou lá de novo.

Vinicius Oliveira disse...

bom, eu achei um texto muito longa, voce acaba cansando o seu leitor (o meu blog também é assim, mas é diferente que não são histórias), mas como o seu é história tenta diminuir as linhas, fazer textos menores. valeu?

http://viniciusoliveiraa.blogspot.com/ comenta?

Sistema monetario disse...

cara pelo amor de deus
divide esse post gigante em estrofes se não fica impossivel de ler.

Pobre esponja disse...

Para esse sistema de blogueiros do orkut sugeriria que dividisse o texto. É preferível ao escutar gente que adorou sem ter lido.
Passando o olho (porque este nosso sistema exige isso, caso o texto for muito grande) nota -se que é legal. Por isso reitero a sugestão, até para poder dar um coment coerente.

abç
Pobre Esponja

analise ia disse...

li todo o texto, apesar do tamanho, fiquei surpreso em saber que era a mãe dos guris que estava na casa.

http://joaoaquila.com

Renata disse...

Achei os acontecimentos muito rápidos, sem pausa ou ligações... a ideia da história é boa, mas acho q o texto precisa ser melhorado

Gutt e Ariane disse...

Virgilio kamerad... uma revisão antes da postagem mostra-se mais do que necessária. E claro, a métrica da coisa... fica compacto de tal forma, que dá a entender que é tudo um parágrafo só... sendo que a história ta rolando solta!

E claro, por melhor que seja o texto texto, vamos ser sinceros... a galera não lê! Essa é a triste realidade. Só vêem com comentários genéricos que em nada contribuem para a evolução de redação ou de didática. As vezes dá até um desânimo continuar com essa história de blog por causa da falta de bom senso das pessoas que visitam nosso espaço.

Millena disse...

A história é muito boa, mas longa.
Divida o texto em duas partes, afinal de contas você escreve muito bem.

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