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domingo, 20 de abril de 2014

Íntimos. - Capítulo 18.



Vinícius Ramos. - 2003 - 25 anos.

Vinícius numa entrevista.
-Já trabalhou com isso?
-Não senhor.
-Aqui diz que você foi ator pornô?
-Eu fiz um pouco de tudo quando vim pra São Paulo.
-Pau pra toda obra, desculpa, não resistir. - dá risada.
-Não tem nada.
-Por que colocou no currículo? E por que saiu do ramo?
-Por que não tenho vergonha, é o que faço melhor. Quanto a sair do ramo, eu me apaixonei, não dava mais.
-Vamos ficar com seu currículo, e qualquer coisa ligamos pro senhor.
-Obrigado senhor. apertam as mãos.
Vinícius depois vai para uma lanchonete.
-Quanto é a água?
-R$ 1,50.
-Aqui. - dá o dinheiro.
-Pode pegar.
-Me ver um copo.
Ele senta em uma mesa, começa a beber a água. O dia foi cansativo, colocou currículo em vários lugares, e ainda tinha que pensar aonde ia dormir. O telefone vibra, era da agência, recusa a ligação.
Ver um rapaz de costas em outra mesa, que lhe parece alguém, se levanta, se aproxima, toca no ombro.
-Rafael?
O rapaz se vira, não era ele.
-Desculpa. eu confundi o senhor com outra pessoa.
Um dia antes...
Vinícius vai até o orfanato onde morou por um tempo.
-Quem é o senhor?
-Eu fui interno daqui. Vinícius Ramos.
-Vinícius. O que o trouxe aqui?
-Vim saber notícias de Rafael Portela.
Ela para e abre a porta de sua sala.
-Entre aqui comigo.
Ele entra.
-Sente-se.
Ele senta, seguido por ela.
-Rafael saiu daqui já faz algum tempo, ao completar 18 anos, pediu pra ficar, cuidar das coisas, ajudar. Pediu um trabalho, um abrigo. E ficou por um tempo. Mas depois não pôde mais pagá-lo e ele foi embora... soube que se envolveu com quem não devia... Começou a participar de assaltos...
Vinícius começa a chorar.
-E num desses assaltos foi alvejado com três tiros.
-Mentira! - ele se levanta - Ele prometeu a mim que ia me procurar. Ele não faria isso.
-Passou-se 10 anos, já faz 3 anos que morreu. Sinto muito. Eu sei que vocês eram próximos. - também se levanta -Eu vi a notícia, o nome, a foto dele nos jornais. Se eu não fosse reconhecer, ele iria ser enterrado como indigente. Era um menino bom demais para merecer isso. - ela pega um papel e escreve alguma coisa - Aqui onde ele está enterrado.
Vinícius vira-se com lágrima ainda nos olhos e pega o pedaço de papel.
Vai até o cemitério onde Vinícius está enterrado, chega até o túmulo dele. Começa a chorar ao ver a foto dele garoto na lápide.
-Por que não cumpriu sua promessa? Me deixou sozinho... Sentir tanto sua falta. Te amo. - deitou ao lado do túmulo.
Depois Vinícius foi até o apartamento de Júlia e Pedro, quem atende é Pedro.
-Júlia tá aí?
-Não.
-Posso entrar? Preciso falar com alguém.
-Entre.
Vinícius entra.
-O que aconteceu?
-O que não aconteceu.
Pedro oferece água.
-Obrigado.
Sentam no sofá.
-Mariana morreu.
Vinícius deita nas pernas de Pedro, Pedro fica sem saber o que fazer ao ver ele chorando.
-Ele morreu...
-Ele quem? - começa alisar os cabelos dele.
-Assim como Mariana. A morte é tão cruel.
-Morte é apenas morte, não é preciso entender, ou classificar.
-Quantos atos bons faz de uma pessoa boa? Quantos atos ruins faz uma pessoa ruim?
Vinícius vira o rosto pra ele.
-Não sei, sinto muito por quem você tenha perdido...
-Um amor.
-Eu daria tudo pra estar sofrendo sua dor, pra não te ver chorando. - o beija.
-Por que fez isso?
-Porque tive vontade,  porque gosto de você.
Vinícius se levanta e beija Pedro, Pedro o carrega no colo e o leva para o quarto. Tiram a roupa, deitam na cama. Pedro começa a beijar cada parte do corpo de Vinícius com tanto amor e afeto, Vinícius fechava os olhos, com medo de abri-los. Enquanto Pedro estava no meio das pernas de Vinícius como bem conhecia.
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A tia de Vinícius sai de casa ao ouvir um carro chegando, o carro trazia um caixão. Abrem o caixão, era Vinícius dentro, ela começa a chorar, alisa o rosto dele.
-Meu menino, meu querido menino.
Ela manda rezar uma missa pra ele, ela lá na igreja rezando desconsolada. Ao acabar a missa agradece ao padre. Enterra o sobrinho sem muito cortejo ou delonga, só estava ela e o coveiro.
Vai andando na rua com seu vestido preto longo, se sentindo uma viúva, passa pelas pessoas sem muita curiosidade, ou sem chamar muita curiosidade, sem bom dias ou como vai. Para diante de um complexo esportivo, o único da cidade.
Entra, ver os homens no campo, jogando, todos suados, fedidos, cheiro de homem, passa pela grade de arame , admirando a cena, entra no campo.
-Oi senhora. Está procurando alguma coisa?
-Tô procurando homem.
Desabotoa o vestido, estava sem nada por baixo, deita na grama. Os homens se aproximam, começam a tirar a roupa. Cada um ficando com uma parte dela, ela sentindo arrepio por cada língua,  toque ou melaço pelo corpo.
Um amontoado de homens em cima dela, competindo, brigando harmoniosamente, bestialmente pela melhor parte do seu corpo, dedão, pernas, coxa, queixo, pescoço, peitos, braço. Ela não respondia mais por ela, a colocam de costas, como um pedaço de carne, ela segurando a grama  que vinha com terra por cada perdida de estribeira de um que a penetrava. A viram de novo, a levantam, a colocam de lado e só vinha na cabeça dela Vinícius, seu sobrinho, a primeira vez que o viu no orfanato, ele a chupando de noite, ele com suas mãos em suas partes, que nem um time de futebol completo a satisfaria como ele, ou entenderia como ela.
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