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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Complexo de Édipo


Na quadra com o gingado do mais belo dos belos...
Quem sobe a ladeira do Curuzu
É a coisa mais linda de se ver
É o Ilê Ayê
Ela era feliz dançando, representando as suas raízes.Ela rodando pelo salão com a sua faceirice.
Até que ela dá um susto no meio do ensaio, desmaia.
-Meu bem. -o marido.
-Ai, acho que rodei de mais.
-Ela tá tendo uns enjôos, eu já disse pra ir pro médico, má quem disse que me escuta.
-Aposto que já teve desejo. -sai a madrinha entre tantas mulheres que estavam no quarto.
-Pois é, eu já tive.
-Isso não é doença, é um bacuri, que tá vindo, você tá de barriga. Fala a mulher ao se aproximar com um sorriso nos lábios.
Com o passar do susto, ela na janela, gostava de ver a vida passar pela janela. o marido se arrumando para dormir.
-Você quer menino ou menina? -Ela vira-se para o marido.
-Eu quero o que você desejar.
--Você é homem de negócios, tem tem o seu comércio já fixo, deve desejar um varão para seguir os seus negócios.
-Não vou dizer que torço para que seja menino. mas o que vim, que venha com saúde, que vai receber muito amor.
Os homens mentem e as mulheres fingem que acreditam. No dia seguinte ele foi no terreiro de Eloá de Iansã
-É macho?
A mulher antes de responder fez um balançado com o corpo esquisito.
-É, mas...
-Mas o quê?
-Ele vai ser a sua derrota.
-Como assim?
-Eu vejo um corpo, que é o seu. E a causa para a sua morte, é o seu filho.
-Átila era cismado e muito religioso. Ele via a barriga da esposa crescer e imaginava o que ocorreria de tão terrível para o filho matá-lo.
Não se deu conta, a criança nasceu e logo era um pequenininho que andava para todos os lados da casa. Ele olhava para a criança e enxergava o seu assassino. Assassino!
-O Ezequiel, o nosso filho, me perguntou porque papai não gosta dele. O que foi homem? Não está feliz?
-Claro que estou, é o trabalho. -Ele se retirou para não ser mais interrogado.
Ele ao voltar do trabalho decidiu eliminar a angústia que estava plantada no seu coração. Maldito dia que teve a ideia de ir na casa de Eloá de Iansã. Mas a mãe de santo não errava, ele sempre a consultava.
-Filho, vamos passear?
O levou até a praia, entraram no barco, o menino o abraçou, estava tão feliz. Perguntou por que o pai estava chorando e tantas ou outras coisas que o pai ñao escutou, por causa da consternação do ato.
-Filho, isso vai doer mais em mim do que em você. -ele pega o remo e bate com isso na cabeça do filho.
Átila sai do barco e nada até a praia, e o barco sendo levado pelas ondas.
O barco é encontrado por um casal que estava passeando com uma lancha. Eles levam o menino para casa.
Era um casal que se amava, mas que faltava alguma coisa, um filho.
Ela disse que o menino era um presente de Deus e presente de Deus não se recusa. Ele por a vê-la feliz aceitou o menino como filho.
O menino crescia, e apesar dos cursos, dos melhores colégios, do muito amor devotado que ele davam ao menino, ele não esquecia em querer encontrar os verdadeiros pais.
Queria saber o motivo para não o quererem, e assim o casal sempre o encontrava chorando na cama.
O menino tornou-se adulto e a ideia fixa de procurar os pais não saía da cabeça. O pai adotivo o fez presidente da empresa.
-O que achou do modelo do abadá?
Ele não escuta a moça.
-Desculpa. Decida o que for melhor.
-Emanuel porque não descansa?
-Não há descanso quando o coração não está em descanso.
Ele ligou para o pai adotivo e pediu para se encontar com ele.
-Eu preciso saber onde o senhor me encontrou. Eu preciso saber minha história. Quem sou. De onde vim.
-Eles não o quiseram, nós lhe demos amor.
-Eu agradeço, mas eu preciso saber, me lembro vagamente da minha infância antes de vocês, quase nada.
-Eu vou te levar até lá.
Ele olevou até a praia, foram para a comunidade, o pai adotivo o deixou sozinho. Ele foi afastado desse mundo, que conhecia, mas virava a cara para ele. Se perguntou o que ocorreria se ele não se afastasse desse mundo.
Estaria com os rapagões jogando bola por entre as ruas? No bar com os amigos? Trabalhando com uma caixa nos ombros de lá pra cá?
Ele ouve um som, vai até o barracão. Ver uma linda mulher descer entre outras mulheres, com os trajes afro.
Pérola Negra
Pérola Negra Ilê Ayê
Minha Pérola Negra
Ele a chamou para dançar, ela aceitou. Iluminaram o salão com a forma como ele dançaram. Ela parou olhando para os olhos dele, colocou a mão no rosto dele.
Aparece Átila, esqueci de dizer que ele era ciumento, ele ao ver os dois, os separa e dá um murro no rapaz. O rapaz se levanta, Átila tira uma faca, uma multidão se forma em torno deles.
Há um grito e um choro que dispersa a multidão e no chão Átila.
Ela mesmo viúva não perdeu a mania de olhar a vida passar da janela.
Ver o rapaz a olhando lá de baixo.
-Por que não me acusou?
-Você se defendeu, e também não estava certa. -chorando.
--Lamento. -segura as mãos dela- Eu Tô aqui para o que você precisar, saiba que gosto de você.
Ele a visitava todos os dias, largou a riqueza por ela, foi morar com ela.
Teve dois filhos com ela, mas ele não entendia porque ela chorava todas as noites ao dar benção aos filhos.
-Me conte o que te atormenta. Eu sou o seu marido.
-Eu tive um filho com Átila, um dia ele saiu com esse menino e não voltou com ele, um vizinho me disse que ele deixou o meu filho no mar. Essa angústia me acompanha até hoje. Ele nunca me disse o porquê.
-Você tem fotos desse filho? -Ele chorando.
Ela tira uma caixa de cima do armário e mostra as fotos. Era ele, ele se reconheceu nas fotos.
-O que foi? -Ela pergunta.
-Com licença. -Ele se retira para a varanda.
Ela o segue, ele vira-se para ela.
-Saiba que o seu filho deve amar você muito.
-Por que está falando isso?
-Por nada, eu te amo. -a abraça-Me perdoe.
-Por quê?
-Por te amar... Por te amar.
Ele a deixa dormindo, vai até a praia, entra nas águas chorando. Não poderia ser, desejou tanto que esse momento acontecesse. Enfia a faca, o vermelho mancha as águas, ele deita e concretizou o trabalho do pai.
-No dia seguinte encontraram o corpo e os choros e gritos da amada e mãe. Ela não ficou desamparada, os pais adotivos de Ezequiel a ajudaram, ela ssoube a hist´´oria dele, mas não notou ou não quis notar que poderia sera sua história também.Continuou assim a procurar o seu menino que um dia foi entregue ao mar.

2 comentários:

Uvirgilio disse...

Segundo Sigmund Freud, o Complexo de Édipo verifica-se quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.Freud baseou-se na tragédia de Sófocles, Édipo Rei, chamando Complexo de Édipo à preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai. Na peça (e na mitologia grega), Édipo matou seu pai Laio e desposou a própria mãe, Jocasta. Após descobrir que Jocasta era sua mãe, Édipo fura os seus olhos e Jocasta comete suicídio.O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas. A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir proteção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe por sua condição frágil.

Uvirgilio disse...

Segundo Sigmund Freud, o Complexo de Édipo verifica-se quando a criança atinge o período sexual fálico na segunda infância e dá-se então conta da diferença de sexos, tendendo a fixar a sua atenção libidinosa nas pessoas do sexo oposto no ambiente familiar.Freud baseou-se na tragédia de Sófocles, Édipo Rei, chamando Complexo de Édipo à preferência velada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão clara pelo pai. Na peça (e na mitologia grega), Édipo matou seu pai Laio e desposou a própria mãe, Jocasta. Após descobrir que Jocasta era sua mãe, Édipo fura os seus olhos e Jocasta comete suicídio.O complexo de Édipo caracteriza-se por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade. Metaforicamente, este conceito é visto como amor à mãe e ódio ao pai, mas esta idéia permanece, apenas, porque o mundo infantil resume-se a estas figuras parentais ou aos representantes delas. A idéia central do conceito de complexo de Édipo inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir proteção e amor total, o que é reforçado pelos cuidados intensivos que o recém nascido recebe por sua condição frágil.

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