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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Os olhos de Manuela -Capítulo 2.


Quem é você Manuela?
Eu sou a noiva que não foi convidada para o seu próprio casamento
Eu sou a moça que não participa de reuniões familiares
A mulher que nunca foi beijada
A mulher sem cor, sem nome, sem nada



No dia seguinte apareci no Sex Clube Night pela manhã, bato na porta, abre uma moça ruiva, que depois fecha a porta e abre a porta em seguida Dona Geni. Era uma senhora de sessenta e poucos anos que mantinha os cabelos loiros cheios de laquê, gorda e os olhos grandes bem escuros.
-Não preciso informar a morte de uma de suas meninas.
-Já estou sabendo, Manuela era como uma filha para mim.
-Não vai me convidar para entrar?
-Entre.
Eu entro com Edgard.
-Esse é Edgard. Manuela tinha alguma inimizade?
-Não, que eu saiba. Ela era a melhor das minhas meninas. Aqui sem ela está morto, sem luz, ela era a animação disso aqui.
-Manuela tinha parentes aqui?
-Não, ela foi mandada para fora de casa. É de uma cidade pequena.
-E o Pedro Dramactini?
-O conheci, era cliente antigo daqui. Era ciumento.
-Você tinha contatos com Manuela depois que ela saiu daqui?
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Manuela de saia jeans, blusa de crochê preta, por debaixo da blusa um biquine.
Ela bebendo um drink, me aproximo.
-Está vendo aquele senhor? É juíz e com gente da justiça temos que dá tratamento especial. E você é a melhor para isso.
-Entendi.
Ela se levanta e arruma a saia e vai em direção ao homem.
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-Na hora do crime a senhora estava aonde?
-Aqui.
Uma moça escura varre o estabelecimento.
-Posso entrevistar as meninas?
-Pode. Se quiser uma delas, é por cortesia da casa. -ela se retira.
-Como se chama?
-Dani, Daniela. Dona Geni mentiu, não estava aqui na hora do crime.
-E você?
-Quem sou eu? Vontade não me faltou. Aquela puta tinha um rei na barriga. Tirava onda que era boa, gostosona. Que fazia acontecia. Saiu toda se sentindo, iria entrar pra filé da sociedade dizia. Aí o que deu, virou presunto.
-Você disse que vontade não lhe faltava?
-Aquela ali não iria muito longe, ninguém gostava dela, logo, logo, alguém se cansaria dela. -se retira.
Eu saio do estabelecimento.
-O que achou? Perguntou Edgard.
-Fique de olho nessa Dani. Ela tinha muito ódio de Manuela. E gente com ódio é capaz de tudo, até de matar.
-Ela disse que a Geni mentiu.
-Isso só o tempo que vai dizer.
Depois volto para o prédio da morte da jovem.
Entrevisto os moradores, alguns abrem à porta, outros batem com ela na minha cara, outros não ajudam muito, outros aparentam ter medo, outros falam até de mais. E por último ouço de uma moça:
-" Eu já ouvir o senhor Pedro Dramactini dizer com todas as letras: " Eu juro que te mato"".
Depois disso convidei para depor Pedro Dramactini, foi uma luta ele entrar na sala, passar por todos os jornalistas.
-Eu ouvir uma coisa muito interessante Pedro. Você jurou Manuela de morte.
-Há uma distância enorme entre dizer e fazer.
-Eu só quero saber se é verdade.
-É, eu sou muito ciumento, eu não aceito dividir mulher minha com homem nenhum.
-E seria capaz de matá-la se ela te traísse?
-Eu não sou assassino.
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Manuela na banheira molha o rosto, eu sentado numa cadeira ao lado da banheira, a observando.
-Entra, a água está gostosa.
-Daqui a pouco tenho que sair.
-Em quem você pensa quando transa com a sua esposa? Em mim?
Pra quê essa pergunta?
-Eu quero saber se você sente prazer quando abre as pernas da sua esposa honey. - ela fala isso bem perto do meu rosto - Sabe minha vontade era fazer amor com você na cama dela. -ela volta a sentar.
-Você é doida.
-Um dia apareço na sua casa, sei que você tem dois filhos. Já pensou você chegar em casa e encontrar a sua filha com uma nova amiguinha.
-Ouse, eu lhe arrebento!
-Às vezes imagino o rosto do seu filho. Será que ele é bonito igual ao pai? Tão bom na cama quanto o pai?
Eu começo a afogar Manuela, ela se bate na água, eu a metendo debaixo da água, olhando para ela se movimentando inutilmente. Eu com a roupa já toda molhada.
Paro, a solto, ela coloca a mão no pescoço para tentar respirar.
-Você tentou me matar desgraçado. -ela começa a me bater.
A beijo, tiro a camisa, a levo até a cozinha e a sento no fogão e ali mesmo transamos.
Ainda tinha o menino, não que eu achasse que ela transaria com ele, mas tinha ciúme da situação. Não gosto que os outros me façam de troxa.
Eu chego em casa e a encontro com ele comendo pipoca e assistindo a um filme, ele se retira e eu bato a porta.
-Eu não quero mais ele aqui.
-Mas...
-Eu já falei. -a puxo pelo braço.
-Você está me machucando.
Ainda tinha as cobranças dela, ela ficava muito tempo sozinha. Não era sempre que eu ficava com ela. Ela pedia para eu dormir com ela a noite, mas nunca fiz isso.
Entrego uma jóia a ela.
-Eu não quero! -ela joga no chão - Quinze dias! Eu aqui, como uma troxa esperando por você. -chorando - Indo na janela. Eu não vou ser como a sua esposa, me contentar com migalhas.
-Eu tive problemas na financeira.
-Eu não quero saber.
-Eu te amo. -coloca as mãos no rosto dela, ela fecha os olhos - Eu prometo viajar no fim do mês com você.
Nós dois na cama, ela mira uma arma para mim.
-O que é isso?
-Eu achei isso nas suas coisas. Você anda armado?
Eu pego a arma da mão dela.
-Não é sempre que estou com seguranças.
-Se eu tivesse outro, como você tem outra. Você usaria essa arma para me matar?
Ela deita, eu deito em cima dela com a arma mirada para o peito dela.
-Ainda te mato um dia.
Ela pega na minha mão com a arma e desce com ela até a verilha dela.
-Isso está me deixando louquinha de prazer. -nos beijamos.
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Passo depois na banca de revistas, e vejo um jornal do dia do crime, leio a reportagem. Não há nada dizendo como Manuela morreu.
-tem mais jornais desse dia?
Pego todos. " Não sei pra quê tanto alvoroço para a morte de uma prostituta" Está na imprensa, deu nos jornais, internet".
Ligo para o celular do meu filho.
-Filho faz um favor para o seu pai... Procure tudo que saiu na internet sobre a morte de Manuela, no dia do crime.
Edgard vai falar com o irmão dele, que era traficante, ele escondia isso e achava que eu não sabia.
-Irmãozinho.
-Fala baixo, não quero que ouçam. -ele senta-se - Conhece? -entrega a foto de Manuela.
-Conheço, gostosa a paca, ali entende do negócio, faz de A à Z.
-Me poupe dos detalhes.
-Morreu feio ela.
-E Dani conhece? Tem alguma coisa para me dizer sobre ela?
-Sabe né preciso fazer um tratamento dentário.
-Duzentos dá?
-Os médicos estão caros
Entrego cinco notas de cem.
-Ela comprou uma arma na rua a três quadras daqui.
Depois de eu saber disso me dirige ao sex Clube Night.
-Você de novo aqui. -Geni.
-Eu quero aquela. -aponto para Dani.
Geni a chama com o dedo, ela se aproxima e me leva até o quarto. Senta-me na cama e depois senta no meu colo, beija o meu pescoço todos e coloca a língua dentro da minha orelha, a jogo na cama e me sento na poltrona.
-Soube que comprou uma arma.
-O que foi? Até onde sei, Manuela morreu furada, não baleada.
-Pra quê comprou a arma?
-Eu tenho um rolo com um bicheiro lá fora e pedi para ele fazer um favor para mim, mas quando ele foi fazer o serviço já tinha sido feito.
-Que serviço.
-Matar a vagabunda. Ela era um encosto na minha vida, eu era a queridinha antes dela, depois fui jogada para escanteio por Dona Geni. Tive vontade de matá-la mesmo e não me arrependo que pena que não fui eu que fiz o serviço.
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Manuela com um vestido preto, bem justo, um pouco abaixo da bunda.
-Por que não me chamou para o serviço? -Perguntei a Geni.
-É a primeira vez do menino. Manuela é a melhor para isso.
Ao sair Manuela do serviço eu me jogo em cima dela, puxando os cabelos dela e a esbofeteando.
-Eu te odeio.
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-Por que isso? -Dona Geni.
Dani com a cabeça baixa.
-Eu não quero mais você aqui. Vai para a pista onde é os eu lugar.
-Eu não ficaria mais aqui mesmo. -com lágrima nos olhos - Fico onde sou valorizada. -se retira.
-Por que não a prendeu?
-Não foi ela.
-Ela pode está mentindo.
-Intuição me diz que não.
Depois soube que o meu filho foi preso drogado e bêbado, depois de ele ter se envolvido numa briga numa boate e ter pichado a parede de uma delegacia.
-Viu a educação que você deu ao nosso filho. Preso! -minha ex-mulher, Estela - Onde eu estava com a cabeça em permitir que ele ficasse com você.
-Não venha falar não. Você não dá a mínima para ele, só pensa nos preparativos do seu casamento, bufê, convites.
-Mentira!
-Vamos, querida. -se aproxima o noivo dela, colocando o braço no ombro dela.
Um sujeito esnobe, de cara cínica. Retiram-se. Vou até a cela do meu filho.
-Veio me tirar daqui?
-Você vai dormir aí, para pensar o que está fazendo da sua vida. me retiro.
-Pai! Me tira daqui. - balançando a cela e batendo na grade -Pai! Droga!
Decidi ir até o interior de Manuela, conversar com os pais dela, a mãe me recebe, me oferece café, sentamos a mesa.
-Lamento.
-Ela era torta desde menina. Saia quase nua, toda pintada. Matou o pai de vergonha. Diziam que ela tinha vários namorados. Engravidou aos 15 anos, eu tratei do aborto. Dançava com todos os homens do bar, como se não tivesse família.
-Tire essa roupa!
-Eu não tiro, eu ganhei.
Eu rasgo o vestido dela.
-Sua quenga. -a levo para o banheiro para tirar a maquiagem dela.
Ela cai no chão chorando, eu também chorando e tremendo de raiva.
-Você não vai sair.
-Eu durmo com quem eu quiser na hora que eu quiser! -grita.
Eu dou uma tapa nela.
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-Eu soube que a senhora a pôs na rua.
Ela se levanta.
-Ela se envolveu com homem casado, a esposa dele veio até aqui e me disse tanta coisa. Eu não criei filha para ser marafona, a expulsei de casa. -chorando - Foi melhor assim, morreu. -ela pega o retrato na sala e me mostra - Olha como ela era linda.
Ao chegar em casa Edgard me liga informando que saiu o resultado da perícia. só foram encontradas digitais de Pedro, e sêmem dele nela, a arma usada foi mesmo um canivete, foi atacada deitada, a causa da morte foi estrangulamento. A pessoa que usou o canivete estava à esquerda, mas não deu para saber se era destra ou canhota.
Pedro foi chamado para fazer a reconstituição do crime.
-Pra quê tenho que fazer isso? Eu não a matei.
-Você não é obrigado a fazer. - o advogado.
-Eu vou.
Chegamos ao local do crime.
-Esquisito entrar aqui depois de tudo.
-Cale a boca desses jornalistas Edgard.
Edgard se retira.
-Você teve aqui no dia do crime?
-Estive, transei com ela.
-Ela foi encontrada aqui, e é aqui que a perícia disse que ela morreu. -entrego o canivete a ele e jogo a boneca no chão.
-Eu não a matei. -chorando - Acredita em mim.
Depois da perícia fui conversar com o porteiro do prédio, já se fazia 15 dias que o crime aconteceu.
-A Dona Marlízia, como era o relacionamento dela com Manuela?
-Ela não gostava dela. Sempre dando umas indiretas.
-E o menino que sumiu?
-Esse babava por Manuela.
-Conhece alguém dessas fotos? -mostro fotos dos suspeitos, ele pára numa em que tem Dona Cínthia e os filhos.
-Esse menino já teve aqui.
-No dia do crime?
-Não, mas já teve aqui.
Decidi investigar Bruno Dramactini, ele era um garoto misterioso. Ele se dirigiu com a sua moto a uma boate GLS, o sigo.
-Vem sempre aqui gatão? - Um homem de quarenta e poucos anos de barba.
Passo por duas mulheres se beijando e um rapaz branco de cabelos longos preso por uma xuxa. Vejo Bruno no bar, se aproxima um moreno alto e forte e o beija.
Fiquei dentro do carro e Edgard na espera do rapaz. O rapaz apanhou tanto de Edgard, tem 26 anos e se chama André.
-Desde de quando você tem um caso com Bruno?
-fala! -Edgard o chutando.
-Coisa de oito meses.
Continuei o interrogatório e com os chutes de Edgard e terminei arrancando do infeliz que Bruno conheceu a amante do pai e que iria matar a moça.
Depois disso pedi a prisão de Bruno Dramactini.
Cínthia apareceu lá para retirar o filho da cadeia com um advogado, este conseguiu um habeas-corpus para Bruno.
-está bem filho?
-Sim mãe.
-Senhor Eduardo desejo falar com o senhor.
-Sim, me acompanhe a minha sala.
Entramos, ela se sentou.
-Por que prendeu o meu filho? Ele é inocente.
-A senhora sabe que ele tem um caso com um rapaz?
-Não me interessa a vida dele lá fora. Ele vai se casar com uma prima dele. É assim com todos os Dramactini.
-Esse rapaz disse que ele iria matar Manuela e disse que ele se envolveu com ela para isso.
-Esse rapaz pode está mentindo. Que motivo levaria meu filho a matar essa moça?
-Não sei, isso eu gostaria de saber.
-Quem teria mais motivo para matar essa moça era eu.
-E por que não fez?
-Não gostaria de ver os Dramactini nas páginas policiais. E ainda mais essa vergonha manchando o nosso nome.
-E a senhora sabia do envolvimento do seu marido com essa moça?
-Em primeiro lugar vamos parar de chamar essa garota de moça, que de moça ela não tinha nada, era uma prostituta.
-Continue.
-Sabia, ele não se contentou com a secretária, teve que procurar outra. O senhor também deveria chamar para depor a Alessandra, a secretária do meu marido.
Chamei Alessandra para sair, fomos a um barzinho.
-Desde de quando você e o senhor Pedro Dramactini são amantes?
-Dez anos que ele me enrola.
A senhora sabia da existência de Manuela?
-Não, juro que não. -gaguejou um pouco e sorriu.
-Como não? Ele tinha que mandar alguém da empresa pagar as despesas que ele tinha com Manuela e uma mulher sabe quando o homem trai.
-Eu só soube dela agora. -ela passa a mão no cabelo e tira a jaqueta para mostrar a blusa com o decote generoso e tive a impressão que ela roçou a perna dela na minha. -Pode me dá mais uma cerveja?
Continuei o interrogatório, onde ela pareceu muito nervosa, depois a dispensei e fui tomar mais uma cerveja. Alessandra atravessa a pista, um carro aparece e vai em direção a ela. Saio correndo e a jogo no chão, e o carro parte sem eu ver a placa direito.
-É ela, ela matou a outra, agora quer me matar. -alessandra nervosa.
-Ela quem?
-Cínthia Dramactini.
Ao chegar ao trabalho recebo uma notícia maravilhosa de Edgard.
-Achamos o garoto.


Quem comentar, eu acharia interessante que desse a opinião de quem seria o assassino, e claro informando também o motivo da escolha. Poupando assim aqueles comentários: gostei do seu blog, muito boa a história e bla bla. O próximo capítulo, é o último capítulo, então não perca a revelação de quem matou a prostituta Manuela.

Um comentário:

Inez disse...

Não sei quem é o assassino,mas a história é bastante interessante, fiquei presa na leitura justamente para ver quem matou Manuela, com certeza será alguém inesperado.

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